Numa recolha de lixo pelas praias, o plástico das garrafas desta marca foi o mais frequente. Mas a lista das dez marcas poluidoras inclui também a Nestlé, a Pepsi e a Mars.
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Pelo segundo ano consecutivo, a marca Coca-Cola é considerada uma das maiores poluidoras de plástico pelo movimento de pressão ambiental Break Free From Plastic, de acordo com o jornal “The Independent“.
Na lista publicada esta quarta-feira, 23 de outubro, no site do movimento, a marca de refrigerantes gaseificados ficou em primeiro lugar, mas há outras conhecidas, como é o caso da Nestlé e da PepsiCo, que ficaram em segundo e terceiro lugar, respetivamente.
Mas o relatório nomeia ainda a Mondelēz International, a Unilever, a Mars, a P&G, a Colgate-Palmolive, a Phillip Morris e a Perfetti Van Melle.
Só no mês passado esta organização realizou 484 limpezas nas praias em mais de 50 países, onde encontrou várias garrafas destas marcas junto à água do mar. De todo o lixo recolhido, mais de 11 mil resíduos plásticos pertencem à Coca-Cola.
“A reciclagem não vai resolver esse problema. As cerca de 1.800 organizações membros da Break Free From Plastic estão a pedir às empresas que reduzam urgentemente a produção de plástico descartável e encontrem soluções inovadoras focadas em sistemas de entrega alternativas que não causam poluição”, refere Von Hernandez, coordenador global da Break Free From Plastic, no relatório.
Os representantes de outras entidades internacionais também se pronunciaram sobre a poluição das marcas que usam plástico descartável: “Mais uma vez, estamos a assistir à poluição dos nossos rios e praias com plásticos de grandes grupos empresariais como a Coca-Cola, a Nestlé e a Pepsi”, refere Louise Edge que está à frente da campanha de plástico nos oceanos da organização não governamental britânica Greenpeace.
Edge reconhece que estas marcas vão continuar a ser as maiores poluidoras de plástico nos próximos anos, porque mesmo tendo recursos para apostar em embalagens reutilizáveis e com um sistemas de recarregamento inovador, as suas políticas concentram-se na reciclagem ou na troca de uma embalagem descartável por outra.
“Pedimos a esses poluidores de plástico que se concentrem na mudança para embalagens reutilizáveis e recarregáveis agora”, apela o responsável pela campanha de plástico nos oceanos da Greenpeace no Reino Unido.
Um porta-voz da Coca-Cola pronunciou-se sobre os dados do relatório, cujas ideias vão ao encontro do apelo de Louise Edge.
“Sempre que as nossas embalagens acabam nos oceanos — ou em qualquer lugar em que não pertençam — é inaceitável para nós. Em parceria com outras empresas, estamos a trabalhar na resolução deste problema global crítico, tanto para ajudar a fechar a torneira dos resíduos de plástico que entram nos nossos oceanos, como para ajudar a limpar a poluição existente”, refere Evening Standard da empresa Coca-Cola, de acordo com o site “Standard“.
Entre as parcerias já estabelecidas pela marca está a Parceria Global de Ação em Plástico do Fórum Económico Mundial (GPAP), bem como a Carta G7 dos Plásticos dos Oceanos, ou ainda a Circulate Capital — empresa atua na limpeza dos oceanos — onde a Coca-Cola investiu mais de 13 milhões de euros.
Além destas medidas, a Coca-Cola tem feito outros investimentos, tal como o programa “Mundo Sem Resíduos”, lançado em 2017, cujo objetivo seria recuperar 100% das latas e garrafas da marca até 2030. Para o futuro, a marca anuncia no próprio site três medidas, entre as quais está o aproveitamento da marca para incentivar os consumidores a reciclar.
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