Cada floresta pristina organiza-se e adopta uma sociedade de seres que dela dependem mas com ela interconectam-se em redes de energia e de matéria impensáveis e de uma liquidez económica incriveis.
Exemplo, os Açores:
- A faia-da-terra é usada em sebes e dela chegou a produzir-se um carvão medicinal utilizado como “absorvente de gases do estômago e intestinos”. Também era utilizada em tinturaria para a preparação de uma coloração amarela.
- O cedro-do-mato foi utilizado pelos antigos na construção de igrejas, conventos e barcos, era empregue em tinturaria para a obtenção do cinzento-escuro e avermelhado. Trata-se da mais nobre essência dos bosques do arquipélago.
- O óleo da baga de louro para além de ser usado na iluminação era excelente remédio para a cura das feridas do gado e, com a sua madeira, leve e resistente, faziam-se charruas e cangas para as juntas de bois.
- A urze era usada em tinturaria para a obtenção do verde e no fabrico das vassouras.
- A madeira do folhado era usada no fabrico de alfaias agrícolas e a do pau- branco era muito procurada para a construção de carros.
- A madeira de azevinho, sanguinho e gingeira-do-mato era muito utilizada em obras de marcenaria.
- O fruto da camarinha era utilizado no Pico e os da uveira-da-serra (romania) são muito agradáveis sobretudo em compota.
- A murta planta apreciada pela fragrância das suas flores era utilizada para fins medicinais e de perfumaria. Chegou a ser exportada da Inglaterra onde as suas folhas eram usadas no curtimento de peles.
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