Deeyah Khan, uma cineasta britânica-norueguesa de origem paquistanesa, conhecida pelos seus trabalhos sobre direitos humanos e extremismo, decidiu encontrar e conversar pessoalmente com membros e líderes de grupos supremacistas brancos nos Estados Unidos.
Documentário pungente.
O documentário mostra encontros reais com:
- Jeff Schoep, então líder do National Socialist Movement (movimento neonazi norte-americano);
- Ken Parker, ex-membro da Ku Klux Klan e neonazi;
- Outros militantes e manifestantes de extrema-direita, incluindo participantes do violento protesto em Charlottesville (2017).
Deeyah Khan, sendo mulher muçulmana e não branca, aproxima-se deles com uma postura calma, empática e curiosa — não para os confrontar com ódio, mas para tentar entender a raiz da intolerância, do medo e da raiva racial.
💬 Mensagem central
O documentário mostra que a ideologia supremacista branca nasce de medo, frustração e alienação, não apenas de ódio puro.
Khan demonstra como a empatia e o diálogo podem levar alguns extremistas a questionar as suas crenças.
De facto, alguns dos entrevistados, como Ken Parker, acabaram por renunciar ao extremismo após o encontro com ela — algo que o filme documenta parcialmente.
⚖️ Significado e impacto
“White Right: Meeting the Enemy” é uma reflexão sobre o poder do diálogo humano em tempos de polarização extrema.
O documentário foi vencedor de um BAFTA (British Academy Film Award) em 2018.
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Brands can’t choose their customers. So what happens when extremists wear their clothes?
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