Leio compulsivamente. Adoro ler. Seguramente já li cerca de 4.500 obras. Desde literatura gótica, russa, germânica, inglesa, nórdica, portuguesa, francesa, ibero-americana, contos, peças de teatro, ficção-científica, autobiografias (uma paixão), pedagogos, filosóficos, divulgação científica, infanto-juvenis, poetas então nem se fala. Leio autores anarquistas, de esquerda e de direita. Gosto de política e ver como e porquê eles pensam sobre as suas escolhas e doutrinas.
Fico com pena que certos autores tenham morrido cedo. Questiono que outras obras magníficas estariam eles disponíveis a escrever e avançar na Humanidade. Por exemplo Jaroslav Hašek, que nos deixou um livro incrível: Bom Soldado Švejk.
Por outro lado temos o filósofo esloveno Slavoj Žižek, que já conta com mais de 600 livros e é humanamente impossível lê-los todos.
Sou de mente aberta. Leio autores LGBTI. O amor não tem género nem orientação sexual ou o raio que isso é. Tive, ao longo da minha carreira docente, 4 casos de alunos que estavam na transição transexual. Vi o sofrimento deles e delas nesse questionamento e orientação sexual. Ajudei-os e à família a ultrapassar muitas barreiras e bullying. Mais uma vez a literatura ajudou-me bastante.
Hoje partilho convosco uma frase muito enigmática e tão actual do romance "O Bolor" de Augusto Abelaira. Diz ele a certa altura (estava a falar do trio amoroso, infidelidade):
"O nós é elástico, percebes?, como um balão, pode ganhar a amplitude que quisermos, que lhe soubermos dar, ser cheio de vento ou cheio de sentido, de riqueza concreta, efectiva, humana…É a medida da nossa generosidade, afinal. Ou do nosso egoísmo. Um nós em que cabem todos os deserdados da Terra é um nós onde eu não caibo."
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