Toda sociedade se apega a um mito pelo qual vive. O nosso é o mito do crescimento económico. Nas últimas seis décadas, a busca do crescimento tem sido o objetivo político mais importante em todo o mundo.
No entanto, o sistema económico ao qual estamos escravizados nos desequilibra. De acordo com estatísticas recentes do NHS, um em cada quatro adultos e uma em cada 10 crianças sofrem de doença mental, e muitos de nós conhecemos e cuidamos de pessoas que sofrem. Ao não atender às nossas necessidades mais essenciais, a economia baseada no crescimento está fadada a nos miserar e, em última análise, nos adoecer.
Esta oportuna animação de curta-metragem fala sobre os níveis crescentes de ansiedade e depressão que tantas pessoas no Reino Unido e em outras nações ricas estão experimentando, revelando as ligações muitas vezes silenciadas entre essas crises de saúde mental e o atual sistema económico, incluindo não apenas a pressões crescentes sobre as necessidades básicas das pessoas, mas também o 'realismo capitalista' que permite que o colapso climático se desenrole diante de nossos olhos.
Através dos olhos de um jovem trabalhador do setor de saúde, o filme explora criativamente a interação entre as dimensões interna e externa da mudança do sistema e da saúde mental. A segunda metade apresenta os pilares fundamentais de uma Economia do Bem-Estar como conjunto de soluções, destacando que a saúde mental coletiva só pode ser assegurada por um sistema que respeite os limites do bem-estar das pessoas e da natureza, e onde o Futuro não seja mais sacrificado altar do eterno crescimento económico.
O projeto, criado pela Swarm Dynamics em conjunto com o CUSP, também incentiva grupos da sociedade civil a explorar os potenciais de comunicação de pesquisas sobre as correlações entre mudanças climáticas, capitalismo tardio e resultados de saúde mental, para ajudar a fortalecer os movimentos sociais, quebrar silos e reduzir o estigma decorrente de a narrativa dominante de 'responsabilidade pessoal'.
Os problemas de saúde mental num mundo fragmentado geralmente não são uma doença, mas uma resposta. Precisamos urgentemente recuperar uma compreensão mais rica e satisfatória de nós mesmos e de nosso lugar no mundo.
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