Não é novidade que o turismo atravessa um problema de falta de mão-de-obra. A pandemia fez surgir este desafio no setor, levando os trabalhadores deste setor a exigirem “melhores condições”, reconhece Rita Marques, secretária de Estado do Turismo.
Melhores salários, melhores sítios para trabalhar, mais qualidade de vida e mais segurança são algumas das reivindicações dos profissionais da área. E agora que o mundo está a voltar à normalidade, é uma “boa oportunidade” para tomar “decisões inteligentes”, disse Rita Marques na Web Summit.
“O mundo mudou. Antes da pandemia queríamos trabalhar arduamente. Agora, queremos trabalhar melhor“, defendeu a governante, durante uma conferência sobre trabalho remoto. “Esta é uma boa oportunidade para tomar decisões inteligentes”, reiterou.
Assumindo-se “muito otimista quanto ao futuro”, a secretária de Estado não poupou nos elogios a Portugal, sublinhando o facto de ser um “ótimo país para visitar, mas também para viver e investir”. “A pandemia trouxe oportunidade de mostrar que Portugal é um bom sítio para estar”, disse.
Com base nisso, o país tem sido falado em todo o mundo pela quantidade de nómadas digitais que atrai, numa altura em que o trabalho remoto ganhou uma expressão sem precedentes devido às restrições da pandemia. “Portugal tem sido uma boa segunda casa para muitos estrangeiros”, disse a governante, notando que “há uma grande comunidade que está a crescer”.
O Governo esteve a estudar a criação de um enquadramento fiscal especial para atrair mais nómadas digitais. Contudo, essa medida, que estava prevista no Orçamento do Estado para 2022 (OE2022) e no Livro Verde, deverá cair.
Há ainda um caminho a percorrer, mas a secretária de Estado acredita que Portugal tem feito um bom percurso nesse campo, de modo a ganhar vantagem face a outros países: “Estamos neste processo de crescer. Claro que há um limite, nós sabemos, mas é bom o mundo ter esta concorrência”, disse a governante, sublinhando que “o mundo agora é sem fronteiras”.
Apesar disso, persistem outros problemas, sobretudo no setor do turismo. “Um dos desafios que enfrentamos é a falta de mão-de-obra. É muito difícil para qualquer setor recrutar”, afirmou Rita Marques, notando que, depois da pandemia, as pessoas “pedem melhores condições”, tais como “melhores sítios para trabalhar, qualidade de vida e segurança”.
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