Estou na estrada da volta
P'ra onde eu já não quero ir,
No escritório, esta tarde
Foi tudo p'ra me deprimir
A buzina apressada de um carro
Que me quer passar,
Na portagem, um rosto indiferente
Diz-me para pagar
Rumo ao sul, sem amor, devagar
O meu sonho faz-se ao mar
Sem amor, rumo ao sul,
O meu céu perdeu o azul
Volto as costas às luzes brilhantes
Da cidade mãe,
Sou a sombra impiedosa do apego
A quem já não se tem
Sei que ao fim desta estrada
Há uma casa que suponho ter,
E a vontade indomável
Que teima em me querer perder
Sem comentários:
Enviar um comentário