domingo, 24 de outubro de 2021

Livro- O Império Derrotado


Em 1974, uma rebelião militar liderada de inicio pelos tenentes e só depois pelo general António Spínola, pôs fim a mais de quatro décadas de ditadura em Portugal. Marcelo Caetano era o primeiro-ministro em substituição a António Salazar que havia tomado o poder em 1928, através de um golpe fascita e Militar. Só que ele havia sofrido um derrame cerebral em 1968 e morreu 2 anos depois .As tropas do Movimento das Forças Armadas que entraram em Lisboa a 25 de abril, uma quarta-feira chuvosa, para destituir o primeiro-ministro Marcelo Caetano, não encontraram resistência. Ao passarem pelos floristas do Rossio, no centro da Capital, os soldados ganharam dúzias de cravos vermelhos, surgindo assim a expressão Revolução dos Cravos, pelo qual o levante se tornou conhecido. Apesar de todo esse romantismo , Portugal esteve a beira de uma guerra civil, mas soube domar sua revolução começo da revolução foi a publicação pelo general António Spínola em 1974 do livro "Portugal e o Futuro" que com a adesão de oficiais menos graduados, os "capitães de abril" colocou o salazarismo na linha de tiro. A repercussão do livro foi tanta que apesar de António Spínola não haver aderido a revolução em princípio, foi chamado por Marcelo Caetano, acuado no castelo do Carmo, que somente a ele se renderia. Tornou-se assim o chefe da revolução. A política colonialista de Portugal foi decisiva pela derrubada de Caetano. Havia eclodido uma série de revoluções na África portuguesa exigindo sua independência( Angola, Moçambique, Guiné entre outras). Marcelo Caetano insistia no expediente das guerra, o que acarretava despesas colossais de guerra, 50% do orçamento nacional. O livro denunciava isso e a dualidade dos EUA, que apesar de favorável a princípio não movia uma palha para ajudar os movimentos e eles se bandaram para órbita soviética. Quando os EUA perceberam que os movimentos de independência guinaram para a órbita soviética, eles apoiaram Portugal, mas apenas nominalmente. A OTAN também só percebeu e reconheceu o movimento guerrilheiro quando a causa de Portugal, nos anos 70 já era insustentável.

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