Deixo aqui um documentário que em termos de analogia nos pode servir como exemplo, de como uma região se viu refém da agricultura que aplica e da sua má gestão da água. Existe uma óbvia relação entre as águas de superfície e os lençóis freáticos porque os segundos se recarregam com os primeiros. Como em tudo na Terra, tudo está interligado.
O mau manuseamento da água ligado a uma agricultura intensiva e de monocultura, implantada em largas explorações que no total excedem largamente a capacidade de reposição dos aquíferos é uma fórmula para o insucesso e que a breve trecho irá entrar em colapso. Não se trata de estar sempre contra a agricultura, mas sim de perceber quando até no excel as contas não batem certo, e que só com uma agricultura que reponha agua no solo e crie sustentabilidade nos serviços ecológicos é que este tipo de problemas se podem resolver. Não vale a pena lutar contra o planeta, e não vamos conseguir alterar as suas funcionalidades que já cá estavam e vão continuar muito depois de nós.
Estamos lá na Califórnia como cá no Concelho de Odemira a criar um problema de insustentabilidade e exaustão de um recurso que é de todos e que terá que ser usado de forma democrática. Que é exactamente o oposto do que está a acontecer. Quando falamos de sustentabilidade temos que ter em conta todos os factores e não apenas o económico. E nestes casos uma mudança de mentalidade pode ser a diferença entre o caos e o sucesso. Entre a desertificação total da Califórnia e a adopção de uma agricultura regenerativa, reside o futuro de milhões de pessoas e de todo um ecossistema que apesar de tudo logo que deixe de sofrer pressão se regenerará. A Terra tem paciência. Nós é que não.
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