quarta-feira, 5 de maio de 2021

PRR prevê um investimento de 1,050 mil milhões para aumentar a competitividade e a coesão territorial


O Plano de Recuperação e Resiliência (PRR) vai ter financiamento para infraestruturas por forma a tornar o país mais coeso, competitivo e ecológico. Estão previstos investimentos no montante de 1, 050 mil milhões de euros (valor sem IVA), divididos por seis áreas de intervenção. O alargamento da Rede Pública de Carregamento de Veículos Elétricos é o projeto que terá um custo mais elevado: 360 milhões de euros, que serão financiados através do investimento privado e do Fundo Ambiental. Mas continua a haver um forte investimento na rodovia, num montante estimado de 267 milhões.

O governo intitula este capítulo de investimento em infraestruturas de "Resiliência - Competitividade e Coesão Territorial". E aponta o cumprimento de dois objetivos: reforçar a resiliência e a coesão territorial e aumentar a competitividade do tecido produtivo e contribuir para a redução dos custos de contexto, em particular no acesso aos mercados.


Os investimentos previstos abrangem seis áreas: (i) alargamento da Rede de Carregamento de Veículos Elétricos; (ii) a reforma de Áreas de Acolhimento Empresarial (AAE); (iii) o aumento da capacidade da Rede, com a construção de ligações que faltam; (iv), o reforço das ligações transfronteiriças; (v) as acessibilidades rodoviárias para as AAE; (vi) e circuitos logísticos na Rede Viária Regional dos Açores.

O documento do PRR, entregue em Bruxelas, lembra que em 2030 as metas de energia e clima definidas apontam para a necessidade de o setor dos transportes e mobilidade alcançar uma redução de 40% das suas emissões, em relação a 2005, e a incorporação de uma quota de 20% de energia renovável no consumo final de energia. Sublinhando que a "estratégia política seguida para atingir estas metas assenta em três pilares: a promoção do transporte público (através medidas de redução de tarifas, de melhoria de frotas e de adequação de redes), a aposta na promoção da mobilidade ativa e a aposta transversal na introdução de veículos limpos". E é esta é também uma justificação para os projetos propostos.

Analisando os detalhes do PRR está previsto então um investimento no alargamento da Rede Pública de Carregamento de Veículos Elétricos, com um custo total previsto de 360 milhões de euros, que será financiado através do investimento privado e do Fundo Ambiental. É um projeto para concluir entre 2021-2025.

Nas Áreas de Acolhimento Empresarial (AAE), o custo previsto é de 110 milhões de euros, e o horizonte temporal do investimento situa-se também entre 2021 e 2025. E neste caso estamos a falar de investimentos, por exemplo, em sistemas de produção e armazenamento de energia renovável para autoconsumo (por exemplo energia solar), de mobilidade sustentável nas AAE, ou soluções piloto de produção e carregamento a Hidrogénio verde. Outro exemplo é reforço da cobertura de AAE com soluções de comunicação 5G.

Uma das maiores fatias de investimento previsto para as Áreas de Acolhimento Empresarial (AAE) é nas acessibilidades rodoviárias, cujo custo total previsto será de 142 milhões de euros.

O custo previsto para o aumento de capacidade da rede e da construção de novas ligações rodoviárias é de 313 milhões de euros, para construir até 2025, tal como os restantes projetos.

Já para as ligações transfronteiriças está previsto um investimento total de 65 milhões.

Por fim o investimento em circuitos logísticos na Rede Viária Regional dos Açores, com um custo estimado de 60 milhões de euros. É um projeto para estar concluído em 2025.

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