Por Paulo Landeck
A forma como revelou o invisível, sobretudo aos mais insensíveis, foi autêntica dádiva, e acto maior de cidadania (com muito ainda por aproveitar nos anos vindouros).
Compreende-se que o mais fiel jardineiro não poderia deixar de pensar nem a mais delicada brisa, enquanto "elemento" integrante do todo como sistema funcional (custa à vontade política entender, ou não ceder a outros interesses de vista curta e criminosa algibeira)...afinal de contas, foi o "mesmo vento", entre colinas da velha Lisboa, que potenciou o fogareiro de 1755.
Além dos inúmeros benefícios do (cuidado) planeamento a longo prazo, com respeito à nossa herança, atentos a novas dinâmicas, o que não pensarmos hoje, poderá ser devastador no amanhã.
Nunca é demasiado elogiar seu tacto e sensibilidade invulgar, impressionante; foi criador atento à História, e às nossas raízes nas suas múltiplas dimensões.
O mesmo homem reflectiu o sublime, como espelho d'água a revelar a copa das árvores...e o patamar mais elevado.
Mais que lazer e fruição, há uma revelação como descoberta, aos que procuram.
O que nos foi dado, é bem incalculável, cuidemos.
Sem comentários:
Enviar um comentário