Fêmea e crias no CNRLI. Foto: Joana Bourgard. Texto Wilder |
A percentagem de sobrevivência das crias foi de 80%, superior em 5% à média dos 14 anos deste programa, no âmbito do qual cinco centros em Portugal e Espanha estão a reproduzir em cativeiro esta espécie Em Perigo de extinção.
Este ano nasceram 49 crias e destas sobreviveram 39, segundo os números finais da reprodução em cativeiro do lince-ibérico (Lynx pardinus) de 2018, conhecidos na sexta-feira passada.
Em Silves, no Centro Nacional de Reprodução do Lince-ibérico (CNRLI) – o único centro português que integra a rede ibérica e onde já nasceram mais de 100 crias de lince -, nasceram oito crias e sobreviveram seis (quatro fêmeas e dois machos). Neste momento ainda se esperam pelos resultados das necropsias que irão revelar a causa das duas mortes.
“A percentagem de sobrevivência das crias foi de 80%, um número superior à média de sobrevivência destes 14 anos de programa que é de 75%”, informou o programa de conservação Ex-Situ, em comunicado.
A época de partos decorreu de 6 de Março a 4 de Abril nos centros de Silves, El Acebuche, Zarza de Granadilla, La Olivilla e Zoo de Jerez. Mas foi preciso esperar para divulgar os resultados porque perto da sétima semana de vida, as ninhadas passam por um momento crítico da sobrevivência das crias. Hoje, “todas elas já superaram esse período crítico”.
À semelhança do que aconteceu em 2016 e em 2017, nesta temporada reprodutora foram formados 23 casais. De entre estes, o programa destaca que este foi o primeiro ano reprodutor para cinco fêmeas. “A probabilidade das fêmeas primeiriças conseguirem uma ninhada é bastante baixa (…) mas este ano foi espantosamente bom e quatro delas (Madroña, Junquinha, Juncia y Kaida) conseguiram descendência, cuidando perfeitamente das suas crias”, segundo o programa Ex-Situ.
Actualmente, os únicos 547 linces-ibéricos do planeta vivem na Andaluzia (em quatro zonas: Doñana-Aljarafe, Andújar-Cardeña, Guarrizas e Guadalmellato), na Extremadura espanhola (Valle del Matachel), em Castela-La Mancha (Serra Morena Oriental e Montes de Toledo) e no Vale do Guadiana (Mértola e Serpa)
Sem comentários:
Enviar um comentário