Criticar Israel não é ser antissemita. 53% dos judeus que afirmam sua judaicidade não dão apoio ao Estado de Israel e sobretudo ao Likud. Israel deveria ser um estado democrático e que dissolvesse a dominação colonial do povo palestino em Gaza e na Cisjordânia. Recomendo este livro.
Figura pop associada à teoria queer, Judith Butler contribui num campo de estudo muito mais amplo do que apenas o da identidade de género. Em Caminhos divergentes, a partir de uma urgência pessoal, Butler retoma e corrobora uma das últimas ideias de Edward Said - a ideia de que é possível forjar um novo éthos para uma solução uniestatal se considerarmos a despossessão palestina em relação às tradições diaspóricas judaicas. Butler usa as posições filosóficas judaicas para articular uma crítica do sionismo político e suas práticas de violência estatal ilegítima, nacionalismo e racismo patrocinado pelo Estado. Além de Said, reflete sobre o pensamento de Emmanuel Levinas, Hannah Arendt, Primo Levi, Martin Buber, Walter Benjamin e Mahmoud Darwish para articular uma nova ética política, que transcenda a judaicidade exclusiva e dê conta dos ideais de convivência democrática radical, considerando os direitos dos despossuídos e a necessidade de coabitação plural.
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Caminhos Divergentes: judaicidade e crítica ao Sionismo

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