terça-feira, 28 de outubro de 2014

Cidad´ave, por João Soares


Cidad´ave

Meu chão de sementes, celeiro urbano
Continuamos a ver manhãs verdadeiras
mais os relógios incertos
E continuamos juntos nas cidades 
de todas as noites que se oferecem

se estes bicos são os teus lábios, 
se o meu canto adocica o teu fugir
se as tuas asas são as minhas,
Este papel na vida não somos nós?

Por João Soares , 22-09-2014

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