sexta-feira, 14 de outubro de 2011

Biodiversidade: São 8,7 milhões as espécies existentes na Terra, 89% das quais permanecem por descobrir


Mapa das áreas de atuação dos principais projetos de pesquisa que integram o programa do Censo da Vida Marinha em todo o planeta.
por Filipa Alves, Naturlink (24-08-11)
 
Esta é a conclusão do Censo da Vida Marinha que se baseou na análise do número de grupos taxonómicos nos níveis superiores para determinar a magnitude da diversidade de espécies que os caracteriza. 
 
No total, 6,5 milhões de espécies são terrestres e 2,2 milhões habitam os oceanos profundos, sendo que 86% e 91%, respectivamente, ainda não foram descritas. 
 
O artigo completo está acessível aqui: Pluridoc

Foram ontem dados a conhecer os resultados do Censo da Vida Marinha no que diz respeito à magnitude da Biodiversidade na Terra, dando resposta a uma questão que tem intrigado o Homem há centenas de anos, e que se reveste de uma importância extrema para orientar os esforços de Conservação numa época em que se atravessa uma crise de extinções.

A nova medida da Biodiversidade no nosso planeta foi determinada a partir da classificação taxonómica da diversidade de formas de vida e especificamente, a partir das relações numéricas que existem entre os níveis taxonómicos mais elevados (ex: Reino) e portanto, abrangentes, e os mais baixos e restritos (ex: Espécie).

As estimativas apontam para a existência de um total de 8,7 milhões de espécies, 6,5 milhões das quais são terrestres e 2,2 milhões vivem nos oceanos. No entanto, 86% das primeiras e 91% das segundas permanecem por descobrir.

Em particular, são 7,77 milhões as espécies de animais na Terra (953 434 das quais descritas cientificamente), 298 000 as espécies de plantas (225, 644 das quais conhecidas), 611 000 os fungos (43 271 dos quais identificados), 364 00 as espécies de protozoários (8,228 catalogados) e 27 500 as espécies no Reino Chromista (13 033 descritas pela Ciência).

Estes números significam que as 19625 espécies cujo estado de conservação é avaliado periodicamente pela União Internacional para a Conservação da Natureza no âmbito da Lista Vermelha das Espécies Ameaçadas correspondem apenas a 1% da totalidade das espécies existentes.

Os autores do estudo, publicado recentemente na revista PLoS Biology, estimam em 364 mil milhões de dólares o custo de descobrir todas as espécies que permanecem por descrever, o que exigiria 1200 anos de trabalho por parte de 300 mil taxonomistas.

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