1. Acabo de enterarme del fallecimiento de Humberto da Cruz, un referente en la historia del ecologismo español. Fundador de Amigos de la Tierra (quienes desgraciadamente no le han dedicado ni una sola línea en su página), llegó a ser director general del ICONA poco antes de la disolución de este polémico organismo, aunque tuvo tiempo para lograr la necesaria ampliación del Parque Nacional de Picos de Europa. Con aciertos y errores, como todos, nadie pudo negarle nunca el entusiasmo por lograr un mundo mejor.
Personalmente le debo su visión moderna de la protección de la Naturaleza, cuando durante largas veladas en su casa nos hablaba, ilusos jovenzuelos, de cómo avanzaban en este campo en Alemania, Suecia, Francia o el Reino Unido, seguro de que algún día también nosotros lo lograríamos aquí. Nos parecía un sueño maravilloso por el que valía la pena luchar. Él lo hizo toda su vida. Muchas gracias Humberto.
(Fonte: Caderno Verde).
Humberto foi membro dos conselhos de administração de vários parques nacionais, assessor de ecologia de vários governos e diretor de campanhas em defesa da natureza de alcance global como o Plano de Ação do Mediterrâneo, no âmbito do Programa das Nações Unidas Nações para o Meio Ambiente. Nos últimos anos concentrou seu trabalho no campo da etnoecologia, desenvolvendo vários projetos com populações indígenas, especialmente na Amazônia colombiana. Durante algum tempo presidiu à associação Ecodesarrollo dedicada à promoção do desenvolvimento sustentável. O auge de sua carreira foi sua nomeação como diretor geral do ICONA em 1993, pouco antes do desaparecimento desta instituição. Sua passagem por esta instituição foi muito controversa, mas conseguiu alguns triunfos importantes como a difícil extensão do Parque Nacional dos Picos da Europa. Em 1999, e encomendado pela União Internacional para a Conservação da Natureza, foi iniciado em Espanha um plano para unificar a grande variedade de áreas protegidas que caracteriza a política de proteção no nosso país. [Entrevista: aqui]
2. Humberto da Cruz, um velho amigo, talvez pouco mais haja para dizer. Hoje sou informado por um velho camarada de muitas lutas, Mário Alves, do falecimento aos 12 de Janeiro deste incontornável referente das lutas ecologistas na Península e pelo mundo. Com ele comparti muitos momentos, com ele partilhei convergências e divergências, visitei inúmeros locais por este mundo, de castelos na Escócia às florestas tropicais, de bares de jazz que ele também cultava em Madrid aos batuques africanos. Conheci-o em Evora há talvez trinta anos e desde então, acompanhei-o com a inseparável Mari Carmem e os dois pestinhas, na altura era a luta contra Ferrel, a central nuclear aí, e com ele também estive várias vezes nas Caldas .Fundador dos Amigos da Terra em Espanha dizem-me desta associação ignorado na hora do passamento. A reconstituição do passado tem costas largas. Aqui deixo a memória do tempo que vivemos e o registo, solitário, da dor com que nos deixa. Hoje uma vela ilumina o meu céu.
(Fonte: Insignificante).
3.E o BIOTERRA também presta uma homenagem singela.
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