Novo Relatório da OXFAM- Inequality Inc.
Os cinco homens mais ricos do mundo, Elon Musk, Bernard Arnault, Jeff Bezos, Larry Ellison e Mark Zuckerberg, mais do que duplicaram as suas fortunas desde 2020, segundo um relatório da Oxfam. O relatório acrescenta que, juntos, possuem agora um património de 869 mil milhões de dólares, depois de terem aumentado as suas fortunas a um ritmo de 14 milhões de dólares por hora nos últimos quatro anos.
Intitulado "Desigualdade S.A.", o relatório da Oxfam foi divulgado na segunda-feira e afirma que, apesar do crescimento das fortunas dos cinco, 5 mil milhões de pessoas ficaram mais pobres no mesmo período.
Os multimilionários são hoje 3,3 biliões de dólares mais ricos do que eram em 2020, e um multimilionário lidera 7 das 10 maiores empresas do mundo, afirmou a organização de solidariedade com sede em Londres. Se as tendências actuais se mantiverem, o mundo terá o seu primeiro trilionário numa década, mas a pobreza não será erradicada durante mais 229 anos.
A Oxfam afirmou que seriam necessários 476 anos para que os 5 mais ricos esgotassem toda a sua fortuna se decidissem gastar 1 milhão de dólares por dia. Enquanto Musk demoraria 673 anos, Bezos necessitaria de 459 para esgotar a sua riqueza.
Outro ponto interessante destacado no relatório é o facto de o 1% mais rico do mundo deter 43% de todos os ativos financeiros globais.
Não é segredo para ninguém que a riqueza dos multimilionários do mundo, especialmente Elon Musk, teve um aumento astronómico desde 2020, devido à subida das ações da Tesla. O seu património líquido é de US$ 206 biliões atualmente.
“As pessoas mais ricas do mundo continuam a ser as grandes vencedoras neste momento de crise. Em 2023, os multimilionários têm mais 3,3 triliões de dólares, ou mais 34% do que tinham em 2020, no início desta década de divisões. A projeção é de que o número de milionários aumente 44% entre agora e 2027, enquanto o número de pessoas com um património líquido de 50 milhões de dólares ou mais deverá aumentar 50%”, refere o relatório.
Enquanto os mais ricos do mundo viram as suas riquezas crescer exponencialmente, os mais pobres não tiveram a mesma sorte, uma vez que os níveis crescentes de inflação, o impacto económico das alterações climáticas e os conflitos geopolíticos tornaram as suas vidas mais difíceis.
O relatório destacou que, durante o mesmo período, quase cinco mil milhões de pessoas em todo o mundo ficaram mais pobres. “As dificuldades e a fome são uma realidade diária para muitas pessoas em todo o mundo. Ao ritmo atual, serão necessários 230 anos para acabar com a pobreza, mas poderemos ter o nosso primeiro trilionário em 10 anos”, conclui o relatório.
Tradicionalmente, a Oxfam divulga o seu relatório anual sobre a desigualdade pouco antes da abertura do Fórum Económico Mundial (WEF).
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