Este será um ano decisivo para o nosso futuro. Ou vão continuar os avanços da indústria fóssil que ativamente procurará desculpas para travar a transição energética, aproveitando a crise socioeconómica para expandir as suas atividades e concentrar poder, ou nós vamos ganhar o argumento para um plano das pessoas para as pessoas para construir um futuro justo e habitável para toda a gente.
Existe um plano concreto para cortar reduzir as emissões nacionais de gases com efeito de estufa em 80-90% em 10 anos ao mesmo tempo que serão criados 200-250 mil novos postos de trabalho em setores-chave da economia, maioritariamente nas áreas de energias renováveis, transportes públicos, construção, agricultura e floresta. Vem saber como nesta formação em Transição Justa e Empregos para o Clima, que se vai realizar online, dia 21 de novembro, às 18h30.
Inscreve-te para receber o link de acesso à formação.
A crise climática e a crise social de custo de vida fazem-se sentir com cada vez mais força nas nossas vidas. A campanha Empregos Para o Clima é a nossa proposta política para responder a estas duas crises duma forma justa e compatível com a ciência climática.
A crise climática é o maior desafio da História. O aumento da temperatura média faz escassear a água potável e comida nutritiva, despoleta guerras por recursos, fluxos migratórios massivos, tempestades e incêndios que destroem casas, infraestruturas, costas, florestas e colheitas. Isto acontece porque o setor energético tem somas exorbitantes investidas em combustíveis fósseis. Estas somas estão a custar a vida, a saúde, a casa e o futuro a muita gente.
Os cientistas climáticos preveem que um aquecimento de 2°C (face a níveis pré-industriais) fará com que hajam mudanças incontroláveis e galopantes no sistema terrestre. Por outro lado, segundo a Agência Internacional de Energia, a infraestrutura energética existente no mundo em 2017 já era suficiente para nos encerrar numa via para os 2°C de aquecimento.
A melhor estimativa da ciência é de que temos até 2030-2040 para mudar o curso da civilização humana e iniciar uma transição energética profunda a nível global.
Em Portugal, temos de cortar as emissões de gases de efeito de estufa em 80-90% num período de 10 anos.
A campanha Empregos para o Clima defende uma transição energética que dê emprego digno e socialmente útil a dezenas de milhares de pessoas. A campanha foi lançada em 2016 e conta com o apoio de várias organizações de sociedade civil, como sindicatos, ONGs e coletivos ambientalistas.
O relatório “Empregos para o Clima” (2021), produzido por um trabalho coletivo de académicos, sindicalistas e ambientalistas, defende que é possível reduzir as emissões nacionais de gases com efeito de estufa em 80-90% em 10 anos. Para esta transição energética rápida, serão precisos 200-250 mil novos postos de trabalho em sectores-chave da economia, maioritariamente nas áreas de energias renováveis, transportes, construção, agricultura e floresta.
As reivindicações da campanha têm quatro princípios:
- Criação de novos postos de trabalho;
- No setor público;
- Nos setores-chave que têm impacto direto nas emissões, como energia, transportes, construção, gestão de florestas e agricultura;
- Com garantia de requalificação profissional e prioridade ao emprego para as trabalhadoras e os trabalhadores dos setores poluentes.
Para saber mais:
Sem comentários:
Enviar um comentário