quinta-feira, 29 de setembro de 2022

O Ataque ao Calendário Escolar em Portugal- parte 1


Estou indignado com esta crónica! Temos um clima que não é o da Alemanha, nem Países Baixos ou Nórdicos. Que triste malhar uma vez mais nos professores!

A discussão em reduzir as 13 semanas é politicamente incorrecto e fora da realidade sócio-económica, condições climáticas e precariedade de Portugal.

A meu ver transcrever o ano lectivo dos países mencionados será válido para famílias portuguesas muito ricas e com os seus filhos no ensino privado.

Mais, as “férias” lectivas dos nossos alunos não são iguais às férias dos professores do ensino público. Temos retirados pelo menos 3 dias para fazermos a avaliação de cada período.

Alguns professores estão em Agosto a trabalhar por causa da 2ª chamada de exames nacionais.

Há muitos jovens com 16-19 anos que precisam exatamente das 13 semanas de férias escolares para trabalhar, ajudando os pais ou fazendo economias para entrar na faculdade e pagar apartamento.

Muitas aulas em Junho até já são uma tortura quando começam as vagas de calor cada vez mais duradouras e intensas. Pouco ou nada rendem!!

Imagine dar aulas de Verão no Alentejo ou Algarve e quero ver se aguentava temperaturas de 35-40ºc dentro da sala de aula e alunos aos berros.

"Eu acho que os miúdos não deviam ter férias e estar na escola das 6h às 21h e só com 15 minutos para almoço. De resto era sempre a levar com matéria." - é o que se conclui da sua crónica

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