segunda-feira, 28 de fevereiro de 2022

ONU avisa: prazo para salvar a terra termina em 2030


A Organização das Nações Unidas (ONU) está a desenvolver um plano de acção que visa o cumprimento de metas ambiciosas até 2030 para evitar a sexta extinção em massa, revela o “The Guardian”.

De acordo com o relatório preliminar da ONU, a Humanidade comprometeu os recursos naturais de que depende para sobreviver. Além de exigir um compromisso pela protecção de pelo menos 30% do planeta, o plano de 20 pontos visa, por exemplo, a redução de 50% da poluição por resíduos plásticos.

«Este esboço mostra que os países estão a ouvir e que reconhecem o papel cada vez mais importante que a protecção da terra e da água deve desempenhar no combate às alterações climáticas, na prevenção da extinção da vida selvagem e no apoio às pessoas e comunidades locais. É um primeiro passo muito encorajador», disse Brian O’Donnell, director da Campanha pela Natureza da Fundação Wyss.

Considerou, no entanto, que «há muito trabalho a ser feito» nos próximos meses para assegurar que os direitos dos povos indígenas estão incluídos no acordo final, assim como metas ambiciosas e financiamento.

A versão final do documento, elaborado pela Convenção Sobre Diversidade Biológica, deverá ser adoptado pelos governos em Outubro, durante a próxima cimeira das Nações Unidas sobre o clima em Kunming, na China. Este acordo faz parte de uma estratégia internacional a longo prazo que visa garantir que a conservação e sustentabilidade da biodiversidade até 2050.

«Se quisermos ficar abaixo de 1,5 graus, evitar a extinção de um milhão de espécies e o colapso do nosso sistema de suporte de vida, precisamos de proteger a nossa natureza e assegurar que pelo menos 30% das nossas terras e oceanos estejam protegidos até 2030», alerta Enric Sala, explorador-residente da National Geographic e co-autor do Acordo Global pela Natureza.

Recorde-se que, há uma década, em Aichi, no Japão, os 196 países signatários da convenção da biodiversidade assinaram um protocolo com metas concretas, mas os resultados foram poucos ou nenhuns. O acordo previa a redução para metade da perda dos habitats naturais, a garantia de actividades de pesca sustentáveis em todas as regiões do globo e a expansão de reservas naturais para 17% da superfície do planeta.

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