Os prados floridos são autênticos refúgios para as aves e excelentes oásis para os polinizadores como as nossas tão desejadas abelhas
O solo nu está sujeito à erosão, tem temperaturas mais elevadas e o aspeto estético é desagradável. Recorrer à instalação de um prado é promover a biodiversidade, controlar a erosão, regular a temperatura e estabelecer uma aparência harmoniosa.
Os prados podem ter diferentes funcionalidades e objetivos. Neste artigo, vamo-nos centrar nos prados ornamentais, usados em zonas residenciais.
Quando temos zonas de grande extensão, zonas de pouco uso ou zonas de pomar, é muito frequente usarmos prados como solução de cobertura de solo.
Contribuir para a sustentabilidade e controlo da erosão
Esta solução, além de embelezar o espaço, é uma opção económica e ecológica, uma vez que poderá servir de abrigo a pássaros e outros animais, reduz o gasto de água, aumenta a produção de oxigénio e contribui para a retenção de gases tóxicos das cidades.
Formam-se verdadeiros corredores verdes onde a fauna pode circular, nidificar e alimentar-se, favorecendo a biodiversidade.
O controlo da erosão e a taxa de infiltração de água nos solos também sofrem melhoramentos significativos.
Outro aspeto muito importante e que nos suscita preocupação é a criação de zonas para polinizadores, nomeadamente as abelhas, que se encontram em número reduzido e ameaçadas pelo aparecimento da vespa asiática.
Como escolher o tipo de prado adequado a cada situação?
É uma resposta que requer a avaliação de diferentes itens, tais como limitações de temperaturas, condições de solo, época de sementeira e disponibilidade de água.
A escolha das espécies, a sua consociação e percentagens na mistura merecem uma avaliação criteriosa e de conhecimento científico elaborado.
Assim irei dar alguns exemplos de espécies que se podem usar em prados e que se adaptam na generalidade bem no nosso País.
Espécies sem flor adequadas no controlo da erosão
As plantas utilizadas na fixação de taludes e controlo de fenómenos de erosão são: Festuca arundinacea; Dactylis glomerata; Festuca rubra rubra; Festuca rubra commutata; Festuca ovina duriuscula; Lolium multiflorum; Avena sativa.
Os trevos são também espécies usadas em prados; aqui devemos ter em especial atenção a composição da mistura, uma vez que os trevos são espécies muito agressivas em termos de instalação e a sobreposição a outras espécies é muito frequente: Trifolium incarnatum; Trifolium repens; Trifolium subterraneum
Espécies com flor adequadas de fácil adaptação
Se olharmos com atenção para as flores silvestres que nascem espontaneamente na nossa paisagem, vamos encontrar muitas flores com que estamos familiarizados e que são de adaptação fácil.
Alguns exemplos de flores usadas nas misturas de flores silvestres são: Papaver rhoeas; Centaurea cyanus; Clarkia amoena; Ornithopus sativus; Dimorfoteca sp; Iberis umbelata; Linaria maroccana; Lobularia maritima; Campanula carpatica; Cheiranthus allioni; Coreopsis landeola; Gypsophila sp; Coreopsis tinctoria; Dianthus plumarius; Lupinus luteus; Eschscholzia californica; Myosotis sylvatica; Oenothera sp; Verbena tenuisecta; Phacelia campanularia; Silene armeria; Viola comuta.
Os Cistus ladanifer (estevas), Cytisus scoparius (giestas), Rosmarinus officinalis (alecrim), Lavandula pedunculata (alfazemas) e Arbutus unedo (medronheiro) são também usadas nos prados, embora com porte arbustivo em situações de controlo de erosão e fixação de taludes são espécies de desempenho exemplar.
Numa boa mistura, obtém-se um equilíbrio entre as espécies e um desenvolvimento ao longo dos anos em plena harmonia.
Fonte e mais imagens aqui
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