segunda-feira, 15 de março de 2021

Naturismo, uma filosofia de vida, de José Luís Vieira


Naturismo, uma filosofia de vida
160 páginas dedicadas ao Naturismo com prefácio de Sieglinde Ivo, atual presidente da Federação Naturista Internacional (INF-FNI)

Como qualquer pensamento filosófico, o naturismo necessita da prática para ganhar consistência. Esta prática subentende uma moralidade sobre a qual irão assentar as atividades sociais quotidianas orientadas por normas, que resultam em práticas sociais, regidas por normas e regras sociais. Por vezes, as diferentes filosofias de vida colidem, normalmente devido às diferenças culturais. Este livro pretende demonstrar, através da exposição e fundamentação das regras e normas regentes desta prática social, que, apesar das diferenças, a filosofia de vida inerente à prática do naturismo não difere tanto assim da normal prática de cidadania.

Naturismo em Portugal


O primeiro registo histórico da prática do naturismo em Portugal terá ocorrido na década de 1920, estando associado à Sociedade Naturista Portuguesa, na qual o anarco-sindicalista José Peralta era figura de destaque. Nessa altura praticava-se já em Portugal a nudez em certas praias fluviais do interior (sem estruturas de apoio) e nas praias da Costa da Caparica. Com a implantação do regime ditatorial do Estado Novo, os movimentos naturistas foram impedidos da prática da nudez coletiva e ficaram limitados às correntes que advogavam o vegetarianismo (bastante mais antigas que as próprias correntes naturistas e as medicinas alternativas: a nudez pública era proibida e associada ao crime de "atentado ao pudor". Só depois do 25 de Abril foram retomadas ou reinstituídas as instituições ligadas ao naturismo : por exemplo, a Federação Portuguesa de Naturismo foi fundada em 1977.

Na atualidade, a prática do naturismo em espaços públicos em Portugal é regulada pela Lei n.° 53/2010 de 20 de Dezembro ("Regime da prática do naturismo e da criação dos espaços do naturismo")

Sem comentários: