Naturismo, uma filosofia de vida
160 páginas dedicadas ao Naturismo com prefácio de Sieglinde Ivo, atual presidente da Federação Naturista Internacional (INF-FNI)
Como qualquer pensamento filosófico, o naturismo necessita da prática para ganhar consistência. Esta prática subentende uma moralidade sobre a qual irão assentar as atividades sociais quotidianas orientadas por normas, que resultam em práticas sociais, regidas por normas e regras sociais. Por vezes, as diferentes filosofias de vida colidem, normalmente devido às diferenças culturais. Este livro pretende demonstrar, através da exposição e fundamentação das regras e normas regentes desta prática social, que, apesar das diferenças, a filosofia de vida inerente à prática do naturismo não difere tanto assim da normal prática de cidadania.
Naturismo em Portugal
O primeiro registo histórico da prática do naturismo em Portugal terá ocorrido na década de 1920, estando associado à Sociedade Naturista Portuguesa, na qual o anarco-sindicalista José Peralta era figura de destaque. Nessa altura praticava-se já em Portugal a nudez em certas praias fluviais do interior (sem estruturas de apoio) e nas praias da Costa da Caparica. Com a implantação do regime ditatorial do Estado Novo, os movimentos naturistas foram impedidos da prática da nudez coletiva e ficaram limitados às correntes que advogavam o vegetarianismo (bastante mais antigas que as próprias correntes naturistas e as medicinas alternativas: a nudez pública era proibida e associada ao crime de "atentado ao pudor". Só depois do 25 de Abril foram retomadas ou reinstituídas as instituições ligadas ao naturismo : por exemplo, a Federação Portuguesa de Naturismo foi fundada em 1977.
Na atualidade, a prática do naturismo em espaços públicos em Portugal é regulada pela Lei n.° 53/2010 de 20 de Dezembro ("Regime da prática do naturismo e da criação dos espaços do naturismo")
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