Depois do 25 de Abril de 1974, Amália Rodrigues sofreu uma certa indiferença por parte de políticos portugueses, dificultando o contacto com o público português porque a imagem da fadista estava associada ao Estado Novo e a ditadura portuguesa.
Após a sua morte em 1999, o escritor José Saramago revelou em Paris que a Amália “celebrada pelo salazarismo” fez chegar dinheiro ao Partido Comunista Português que na época trabalhava na clandestinidade. Testemunhos reunidos ao longo dos anos foram confirmar que a artista não só se limitou a ajudar pobres e as famílias dos presos políticos, mas apoiou economicamente, por diversas vezes, portugueses exilados, amigos anti-fascistas e tentou influenciar a libertação de presos políticos, nomeadamente de Alain Oulman, o compositor com quem colaborou nas décadas de 60 e 70.
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