terça-feira, 24 de outubro de 2017

A Semana do Desarmamento - Semana Mundial da Paz



A Semana do Desarmamento/Semana Mundial da Paz, criada pela Organização das Nações Unidas (ONU), é realizada em todo o mundo entre 24 e 30 de outubro, anualmente. No Brasil, projetos legislativos e propostas no Congresso tentam alterar o Estatuto do Desarmamento. Mas não é somente o brasileiro que debate a questão, os americanos também voltaram a discutir o assunto após a tragédia em Las Vegas, onde um atirador matou 59 pessoas.

Para a Organização das Nações Unidas (ONU), a necessidade de uma cultura de paz e de uma redução significativa de armas no mundo nunca foi tão grande “e ela se aplica a todos os tipos de armas”. Para conscientizar o mundo a respeito dessa necessidade, a Assembleia Geral da ONU proclamou a Semana do Desarmamento.

A ONU também ressalta que o custo humano e material das armas convencionais também é alto. “De pelo menos 640 milhões armas de fogo licenciadas em todo o mundo, aproximadamente dois terços estão nas mãos da sociedade civil. O comércio legal de armas de pequeno calibre excede quatro bilhões de dólares por ano. O comércio ilegal é estimado num bilhão de dólares. E essas armas convencionais, como as minas terrestres, causam destruição da vida e da integridade física, que continua por anos após os conflitos terem acabado”, afirma a organização internacional.

Para o ex-presidente dos Estados Unidos, Dwight D. Eisenhower, e comandante geral das Forças Aliadas durante a 2ª Guerra Mundial, “cada arma produzida, cada navio de guerra lançado ao mar, cada foguete disparado significa, em última instância, um roubo àqueles que têm fome e não são alimentados, àqueles que estão com frio e não têm o que vestir. O custo de um moderno bombardeiro pesado é este: a construção de uma moderna escola em mais de 30 cidades”.

Desde o nascimento das Nações Unidas, em 1945, as metas do desarmamento multilateral e da limitação de armas são consideradas fundamentais para a manutenção da paz e da segurança no mundo todo. Estas metas significam: redução e eventual eliminação das armas nucleares (recentemente, foi assinado um acordo na ONU entre 43 chefes de Estado proibindo armas nucleares); destruição de armas químicas; fortalecimento da proibição contra armas biológicas; suspensão da proliferação de minas terrestres e de armas leves e de pequeno calibre, entre outros objetivos.

A ONU aborda questões do desarmamento continuamente, além de trabalhar frequentemente para implementar acordos específicos de desarmamento entre partes em conflito. As missões de paz das Nações Unidas também utilizam a estratégia do desarmamento preventivo, que procura reduzir o número de armas de pequeno calibre em regiões de conflito.

A organização afirma que é plenamente consciente da relação direta entre desarmamento e desenvolvimento. “Podemos fazer progressos significativos em direção aos objetivos de desenvolvimento do milénio se alguns destes recursos (usados em gastos militares e seus armamentos) fossem redirecionados para esforços para o desenvolvimento económico e social. Num momento de elevação dos preços de alimentos e combustíveis e de incertezas na economia global, o mundo não pode ignorar o potencial de desenvolvimento do desarmamento e da não proliferação”, disse o secretário-geral Ban Ki-moon.

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