quarta-feira, 6 de fevereiro de 2013

Morri pela Beleza



Morri pela Beleza - mas mal me tinha
Acomodado à Campa
Quando Alguém que morreu pela Verdade,
Da Casa do lado -
Perguntou baixinho "Por que morreste?"
"Pela Beleza", respondi -

"E eu - pela Verdade - Ambas são iguais -
E nós também, somos Irmãos", disse Ele -
E assim, como parentes próximos, uma Noite -
Falámos de uma Casa para outra -
Até que o Musgo nos chegou aos lábios -
E cobriu - os nossos nomes -


Emily Dickinson, in "Poemas e Cartas"

2 comentários:

Rogério G.V. Pereira disse...

Ah, esta inutilidade imprescindível da arte e da verdade...

João Soares disse...

100% de acordo. Por vezes fico a pensar, Rogério o que me faz (ainda) mais feliz: acordar com um sonho e com o compromisso de torná-lo realidade ...sempre que posso. Um forte abraço