quinta-feira, 4 de setembro de 2008
A importância das economias alternativas
Muito se fala da onda de criminalidade. Os Portugueses não são ignorantes e aperceberam-se que tudo não passa de um empolamento dos canais TV. Na falta da época dos incêndios e touros de morte, há que preencher os telejornais panfletários formato 1 hora, mesmo em férias. Assim eis criada a onda de crimes que as TV nos impingem com imagens dessa violência, incitando a que haja mais violência para que esses actos apareçam de preferência nas primeiras páginas. Negócio mórbido.
No entanto as causas continuam as mesmas, como são a extrema pobreza, a pobreza evitável, os baixos salários, a família adiada para muitos jovens e os preços dos bens essenciais sempre altos e inflaccionados.
Todos sabemos que o policiamento é um paliativo social.Todos sabemos que havendo maior clivagem entre muito ricos e muito pobres, gera um fosso de despero e medos e não é bom para um colectivo a que chamamos nação Portugal.
Em ambos também encontramos danos ambientais: nos enclaves dos muito ricos vemos jardins demasiado relvados, gastando grande quantidade de água, construções de hotéis e outros empreendimentos sem plano energético, condomínios de luxo em zonas de interesse ambiental. No caso dos guetos dos mais pobres, o contrário: muros, betão, túneis, auto-estradas, terrenos desordenados.
A grande maioria dos habitantes empurrados para os subúrbios, maus transportes públicos, enquanto tarda a recuperação dos centros das cidades.
Entretanto os mais altos cargos de empresas semi-privatizadas pagos a peso de milhões de euros, os restantes funcionários públicos, com emprego, têm que trabalhar por objectivos e a receber misérias de mil euros ou muito menos.
Ficamos alegres com descidas de 2 cêntimos a gasolina, mas aceitamos resignados os aumentos de 10 ou mais cêntimos no pão, cereais e bens consumíveis.
Além disso, há um conflito mudo entre os comerciantes e consumidores. Os comerciantes praticam os preços mais mirabolantes e o consumidor se não tiver uma família próspera, está na miséria.
Creio que o exemplo dos galegos pode mostrar que podemos escolher economias mais baseadas no altruísmo social, na conservação de recursos e na reutilização e redução do consumo de bens.
Economia Alternativa
Mercado mensal de trocas em Vigo
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