Findo o prazo de consulta pública (porque será tudo a 30 dias??...) sobre os ensaios com milho BT pedidos pelas empresas Syngenta e Pioneer lê-se em novo comunicado da Plataforma Transgénicos Fora, que são numerosas as razões pelas quais tal pedido deve ser recusado, nomeadamente:
1. A consulta pública foi irregular: até ao dia 25 de Fevereiro, em Ferreira do Alentejo, nenhuma documentação esteve disponível na Câmara Municipal. Este facto é suficiente para levar à anulação liminar de todo o processo.
2. Em Monforte a parcela prevista para testes está inserida na zona protegida que faz parte da Rede Natura 2000: trata-se da Zona de Protecção Especial de Monforte, criada especificamente para a protecção de aves estepárias, aves essas que usam as culturas de cereais para se alimentarem e nidificarem. O milho geneticamente modificado que vai ser testado não pode entrar na alimentação humana, mas nada vai poder impedi-lo de entrar na alimentação das aves que deviam estar a ser protegidas.
3. Ainda no caso de Monforte a parcela de testes encontra-se a escassas dezenas de metros da Ribeira Grande, uma das maiores linhas de água do distrito de Portalegre, e ainda de várias represas. O facto de o cultivo de OGM representar um perigo para os cursos de água nas suas proximidades levou recentemente o Comissário Europeu Stavros Dimas (vídeo-entrevista Euronews) a propor o chumbo de duas variedades de milho transgénico. O ambiente português tem de usufruir do mesmo padrão de protecção que é aplicado na União Europeia.
Sítio Recomendado
O último relatório da GM Contamination Register detectou 216 actos de contaminação em 57 países desde 1996 em que as colheitas do GM se transformaram comercialmente em grande escala. Eis toda a informação e o terceiro relatório, disponibilizado no formato pdf pela Greenpeace em 29 de Fevereiro de 2008.
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