Na TSF (05/05/04): "As águas da barragem do Alqueva estão na cota 148 acima do nível médio das águas do mar. Já foram submersos mais de três mil hectares de áreas florestadas - o equivalente a três mil campos de futebol de zonas consideradas como a preservar devido ao seu valor ecológico."
"Ao todo são 1262 linhas de água, braços do Guadiana e afluentes, que estão agora submersos. Os antigos ministros Elisa Ferreira e Isaltino Morais tinham-se comprometido a preservar estas áreas, em particular os quase dois mil hectares do vale de Alcarrache, onde existiam espécies animais e vegetais identificadas como únicas na Península Ibérica.
A caminho da cota 152, este vale está submerso. Em declarações ao «Público», o presidente da EDIA - Empresa de Desenvolvimento e Infra-Estruturas do Alqueva (EDIA) diz não compreender porque se privilegiou o vale de Alcarrache, uma vez que «vai ficar definitivamente debaixo de água».
Este jornal lembra que o ex-ministro Isaltino Morais tinha assegurado ao movimento cota 139 que seriam preservados 1100 hectares com valor ecológico que ladeavam as linhas de água do Guadiana a montante de Alqueva.
José Paulo Martins, da Quercus, disse à TSF que estão irremediavelmente perdidas várias espécies de animais e vegetais que eram únicas na Península Ibérica (registo audio). Outra preocupação é a decomposição das árvores submersas, que pode prejudicar a qualidade da água
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