Cada Animal Preso no Circo tem uma Cara” é o início de uma campanha internacional de ajuda ao resgate de todos os Animais domésticos e selvagens que trabalham ainda em Circos por todo o mundo.
Por todo o mundo há cada vez mais países a abolir o uso de Animais no Circo, devido ao importante e eficaz trabalho de Associações de defesa de direitos dos Animais.
Muitas organizações dedicam-se também ao resgate, reabilitação física e psicológica e transferência destes Animais para santuários onde possam viver uma vida sem encarceramento nem exploração.
Para apoiar este trabalho um grupo de cidadãos da área das artes e espectáculo juntou-se para criar 12 filmes que mostram a vida de escravidão que todos os animais, sejam eles domésticos ou selvagens, continuam a viver no Circo. Além da questão moral de fundo -- não temos o direito de explorar e manter ninguém em cativeiro para nossa diversão.
Em Portugal, participam neste projecto as muito conceituadas actrizes e actores: RITA BLANCO, ADRIANO LUZ, MARIA JOÃO LUÍS, JOÃO LAGARTO, CARLA BOLITO, FILIPE DUARTE, ANA BRANDÃO, RUBEN ALVES, MITÓ MENDES, MARCELLO URGEGHE, MANUELA COUTO E DIOGO AMARAL.
Sobre #unchainmee
#unchainmee é um grupo informal de cidadãos a nível nacional e internacional, que se juntou para esta primeira campanha que defende a abolição de animais de qualquer espécie em Circos.
Sendo todos os membros de #unchainmee admiradores do circo enquanto arte e espectáculo com humanos, consideram inaceitável que animais de tantas espécies continuem a ser encarcerados e forçados a actuar.
No seio desta iniciativa nasceu uma produção internacional da autoria da realizadora Teresa Ramos que arranca agora em Portugal com 12 filmes que relatam histórias verdadeiras de animais que viveram no circo e foram resgatados. À semelhança da primeira fase portuguesa, estas histórias serão relatadas também noutros países e representadas por prestigiados actores dos mesmos.
Sobre Regulamentação versus Resgate e Libertação
A lei portuguesa, por exemplo, esquece a defesa e libertação dos animais ainda presos no circo, apenas proíbe a sua reprodução (e apenas de espécies selvagens) permitindo ainda a sua exploração.
Mas mesmo esta lei não é cumprida, visto que, na altura do Natal, continua a ser comum ver os circos apresentarem leões e tigres bebés, para oportunidades fotográficas com espectadores, quando isso é ilegal.
Uma observação do comportamento dos animais que se encontram encarcerados nos circos permite concluir que os sintomas de confinamento, como os movimentos repetitivos, as estereotipias, a coprofragia e tantos outros que estão muito bem documentados por médicos veterinários e biólogos especializados em etologia, demonstram bem a vida de escravidão a que são forçados os animais quando são mantidos nos circos.
Uma das histórias relatadas, a da Elefanta Shirley, mostra que, se os próprios zoos mais avançados do mundo começam a reconhecer, aberta e honestamente, que não conseguem oferecer aos seus animais a qualidade de vida e o espaço suficiente para lhes darem existência decente, então não há como conceber que os circos – ambulantes por natureza e com sistemas de jaulas como únicos alojamentos para os animais – possam manter os animais em boas condições.
Por Fim
#unchainmee salienta também que este é um problema que afecta igualmente animais de espécies selvagens e de espécies domésticas (estas muito esquecidas ao olhos da lei e do público no mundo inteiro), como de resto se demonstra através das histórias que os filmes contam. A conclusão que se apresenta é de que todos os animais – e não apenas de espécies selvagens – que se encontram nos circos devem ser resgatados e colocados em santuários onde possam recuperar e preservar a sua integridade. O público deve ser incentivado a escolher apenas circos onde não haja Animais.
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