Ruivães - Penedo do Sino |
O simbolismo de sino vincula-se à percepção do som e as vibrações sonoras e representa o critério da harmonia universal, e simboliza também o chamamento divino, e a comunicação entre o céu e a terra. Mas o sino possui também o poder de entrar em relação com o mundo subterrâneo.
No Hinduísmo, o sino é usado para simbolizar o ouvido e tudo que é percebido por ele. Na Índia, muitos séculos antes de Cristo, já se tocavam os sinos antes de cada cerimónia, a do nascer do sol, a do meio dia solar e a do pôr do Sol.
Já no Islão, o sino representa a repercussão do poder divino, e marca a limitação das condições temporais.
Para o Budismo, o som dos sinos de ouro simboliza as vozes divinas.
Para a cultura Chinesa, o sino está relacionado com o barulho dos tambores e representa o som dos trovões.
O som dos sinos possui um poder de purificação e é capaz de afastar as más influências.
Segundo a mitologia cristã, os sinos possuem o poder de tornar invencíveis na guerra contra o mal. Os espíritos malévolos são aterrorizados pelo som dos sinos.
A oração do Ângelus, oração cristã, é acompanhada sempre do ressonar dos sinos, tocados três vezes por dia, de manhã, ao meio dia, e à tarde, para recordar os cristão das três pessoas da Santíssima Trindade.
Também na mitologia cristã, o sino é usado para simbolizar o anúncio do nascimento do menino Jesus.
A freguesia de Ruivães está implantada na vertente Norte-Nordeste da Serra da Cabreira, é atravessada pelo Rio Saltadouro que nasce nos montes de Salto (Montalegre), tem o Rio Cávado como limite a Norte com a Serra do Gerês, freguesia de Cabril (Montalegre) e o Rio Rabagão como limite a Nordeste com o lugar de Vila Nova da freguesia de Ferral (Montalegre). Nos limites terrestres, confronta a Oeste com a freguesia de Salamonde, com as freguesias de Cantelães, Vilarchão, Anjos e Rossas a Sudoeste e Sul, e com a freguesia de Campos a Este.
A designação de penedo do sino resulta do seguinte: a rocha principal, por força dos efeitos da erosão ao longo dos tempos fragmentou-se, abrindo fendas entre as diferentes partes, sendo que, um dos fragmentos, com forma pontiaguda, ficou encaixada entre as partes maiores, ficando com a parte inferior assente algures no fundo e a parte mais grossa virada para a superfície. Aquele fragmento ficou solto, já foi possível bambeá-lo para um lado e para o outro, ao ponto de bater nas laterais, provocando um som que foi equiparado ao de um sino. Daí o nome de penedo do sino.
Actualmente esta formação geológica, que os antigos designavam por “badalo”, mal se move e não provoca qualquer som. Isto porque na fenda se acumulou terra e ali nasceu vegetação que impede de causar a sensação de outrora.
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