CCPI analisa e compara a proteção do clima em 62 países com as emissões mais elevadas e na União Europeia (como um todo).
Os resultados mais recentes do Índice de Desempenho das Alterações Climáticas, o CCPI 2022, foram divulgados esta terça-feira na COP 26 e colocam os países escandinavos no topo do ranking mundial climático. Portugal encontra-se na 16ª posição mundial e não existe nenhum país no pódio.
"O pódio permanece vago porque, até agora, as medidas de nenhum país foram suficientes para alcançar uma classificação geral "muito alta"; ou seja, nenhum país adotou o caminho necessário para manter o aquecimento global dentro do limite de 1,5°C", explica um comunicado conjunto da ANP|WWF, Quercus e ZERO.
Portugal faz parte do grupo dos países que tiveram um desempenho elevado na redução dos gases de efeito estufa, o que valeu a subida de um lugar no ranking, para o 16º lugar.
No entanto, segundo as associações ambientalistas, as "emissões per capita (excluindo florestas e uso do solo), assim como o uso de energia per capita, ainda estão a aumentar", enquanto o uso de energia renovável "tem vindo a aumentar menos".
Em comunicado, a ZERO, a Quercus e Associação Natureza Portugal | WWF apelam "a novas políticas que deem maior prioridade à energia fotovoltaica descentralizada". No setor dos transportes, apontam o "caminho claro de descarbonização", com "desincentivos para o uso do carro particular" e "mais investimentos no transporte público".
Os especialistas e as associações exigem prazos concretos para eliminação gradual dos subsídios aos combustíveis fósseis e sugerem que Portugal fixe o objetivo da neutralidade carbónica antes de 2050.
Portugal, comparativamente com Espanha, está 18 lugares à frente, e seis lugares acima da União Europeia (UE), como um todo. A Hungria, Polónia, República Checa e Eslovénia são os países da UE com pior desempenho este ano.
Apesar de nenhum país ter apresentado uma performance considerada muito elevada para estar no pódio, a Dinamarca é o país mais bem classificado em 4º lugar no ranking, seguido pela Suécia em 5º e a Noruega em 6º.
O Reino Unido e Marrocos, 7.º e 8.º lugares, estão entre os líderes em todas as categorias. A Austrália, Coreia do Sul e Rússia estão entre os piores desempenhos, juntamente com Cazaquistão e Arábia Saudita. Dos países do G20, apenas o Reino Unido, Índia, Alemanha e França estão entre os de elevado desempenho, enquanto seis países do G20 têm desempenho muito baixo.
O principal objetivo deste índice é "colocar pressão política e social sobre os países que, até agora, não conseguiram tomar medidas ambiciosas que garantam a estabilidade climática global" e "destacar os países com melhores práticas climáticas".
O CCPI analisa e compara a proteção do clima em 62 países (mais a União Europeia como um todo) com as emissões mais elevadas, que no total representam 92% das emissões globais.
O CCPI é da responsabilidade da organização não-governamental de ambiente alemã Germanwatch e do NewClimate Institute, publicado em conjunto com a Rede Internacional de Ação Climática (Climate Action International – CAN International).
2 comentários:
O Cinismo internacional é atroz! A Noruega é dos maiores destruidores do ambiente e quem mais contribui para o aquecimento global, pelas enormes quantidades petroleo que extrai e vende e pela exploraçao mineira na Amazonia e em todo o mundo, Mas gastam uns milhares em propaganda e torres heolicas para enganar o parola e voila, os parolos dao lhes as licenças para extrairem mais minerio, afinal os paises ditos ricos usam o golpe do "eu sou ecologico, logo devo extrair o vosso minerio", mas as maiores atrocidades na Amazonia foram feitas por paises escandinavos, europeus e norte americanos, só que a censura mediatica é pior do que a Gestapo e a KGB juntas!
Sim, sem dúvida. Também me espanta a posição "honrosa" do Reino-Unido. Um abraço
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