E voltou-se a fazer história. Depois de em Março, 100.000 professores terem descido a Avenida da Liberdade, Lisboa foi hoje invadida por 120.000, naquela que será a maior manifestação de professores jamais realizada em Portugal.[Fonte: Expresso Multimedia]
Comentário: A Ministra da Educação afirmou que a manifestação se trataou de uma guerrilha eleitoral, como se os Professores não fossem todos do mesmo País e vivêssemos num Estado democrático. Mais, os 20.000 professores avaliados no ano anterior foram os professores contratados (agora o Ministério da Educação não faz a distinção, porque lhe interessa). A manifestação não foi apenas pela suspensão desta avaliação. A manifestação conjunta de sindicatos e movimentos independentes foi também pela protecção da Escola Pública (contra as passagens administrativas dos Alunos, contra o novo estatuto do Aluno, fim da Escola em meios rurais, pelo direito de ensino gratuito a todas as crianças e jovens Portugueses), pela não divisão da carreira, contra as horas extraordinárias não-pagas e porque ao Professor é exigido demasiadas competências administrativas, restando pouco tempo e tranquilidade exigidas para Ensinar os Alunos. Além disso o Professor é apenas mais um cidadão. O seu trabalho desenvolve-se dentro da realidade envolvente que encontra (meios sócio-económicos e situação familiar dos Alunos da Escola ou Agrupamento onde o Professor está inserido). Só pode ser assim. Cabe aos outros agentes sociais cooperarem em benefício dos seus jovens e crianças e promover um Ensino Público justo, dinâmico certamente mas com qualidade e enquadrado com as políticas sócio-ambientais. Seremos capazes?
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