O dia 1 de Junho é o Dia Nacional do Sobreiro e da Cortiça, uma data que surge no calendário português para assinalar a importância de uma espécie e de uma matéria-prima fundamentais para Portugal.
O sobreiro e a cortiça têm uma excepcional importância ecológica e socio-económica no nosso País. Em Portugal, a grande mancha suberícola localiza-se sobretudo a sul do Tejo, onde é a espécie dominante, e a norte do Tejo na região pertencente ao distrito de Santarém. Da área total mundial ocupada pelo sobreiro, Portugal é o país com maior área, seguido da Espanha e da Argélia.
A principal utilização do sobreiro é a produção de cortiça, o único produto do qual Portugal é o primeiro produtor mundial. Portugal produz 52% das 300.000 toneladas produzidas anualmente a nível mundial, destinando-se a quase totalidade da cortiça transformada em Portugal (cerca de 90%) à exportação, com a indústria vinícola a absorver mais de dois terços da produção.
Segundo os dados da Associação Portuguesa de Cortiça (APCOR), o nosso país exportou em 2010, 156,2 mil toneladas de cortiça, no valor de 754,3 milhões de euros, um crescimento de 7,4% em relação a 2009. Os dados da APCOR indicam também que a cortiça exportada em 2010 representou 2,1% do total das exportações nacionais. A França é o país que mais compra a Portugal (20,4%, ou seja, 154,2 milhões de euros em 2010), seguida dos Estados Unidos da América (15,8 %, 119,2 milhões de euros).
A Espanha importa 10,4% da cortiça transformada em Portugal (78,5 milhões de euros em 2010), sendo o país que mais contribui para o volume de importações de cortiça (77,9% das 48,2 mil toneladas adquiridas para serem transformadas pela indústria nacional). As importações de cortiça destinada à transformação foram, em 2010, da ordem dos 91,6 milhões de euros (48,2 mil toneladas).
O Ministro da Agricultura, António Serrano, comprometeu-se prosseguir com a política de reforço da comercialização e divulgação da cortiça, fazendo ver junto dos responsáveis da Política Agrícola Comum a especificidade do sector em Portugal, Espanha e noutros países, da necessidade de obter financiamentos para cuidar do montado, no combate às doenças a que está sujeito, durante a abertura da FICOR (Feira Internacional da Cortiça), que arrancou na passada sexta feira em Coruche e que termina no dia de hoje para assinalar a importância deste sector para Portugal.
Fonte: Naturlink e APCOR
Leituras adicionais:
A Cortiça: jóia da coroa dos nossos recursos naturais
Dimensão social, económica e ambiental da produção de cortiça
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