O arquiteto paisagista Gonçalo Ribeiro Telles morreu nesta quarta-feira, aos 98 anos, tendo a sua morte sido confirmada ao “Público” pelo filho, Miguel Ribeiro. Considerado um dos pioneiros do ecologismo na política portuguesa, foi ministro de Estado e da Qualidade de Vida entre 1981 e 1983, no VII Governo Constitucional liderado por Francisco Pinto Balsemão.
Enquanto presidente do Partido Popular Monárquico (PPM) foi um dos subscritores da Aliança Democrática (AD), juntamente com Francisco Sá Carneiro (PSD) e Diogo Freitas do Amaral (CDS), levando a coligação de centro-direita a conquistar o poder nas eleições intercalares de 1979, o que contribuiu de forma decisiva para a normalização da democracia portuguesa após o período revolucionário.
Licenciado em Engenharia Agrónoma e em Arquitetura Paisagista pelo Instituto Superior de Agronomia, Gonçalo Ribeiro Telles trabalhou na Câmara de Lisboa e envolveu-se nos círculos da oposição, criando o Movimento dos Monárquicos Independentes em 1957 e entrando nas listas da oposição aquando da Primavera Marcelista. Fundador do PPM, tendo sido subsecretário de Estado do Ambiente nos três primeiros governos provisórios, em 1993 ajudou a criar o Movimento Partido da Terra (MPT).
Além de ter criado a Reserva Ecológica Nacional, Ribeiro Telles é também conhecido por projetos na sua área de trabalho como o jardim da Fundação Calouste Gulbenkian e o Jardim Amália Rodrigues, ambos em Lisboa.
Sem comentários:
Enviar um comentário