"O humanismo, quando fechado exclusivamente sobre o horizonte humano, não passa de uma mutilação e nem humanismo é. Esta uma das leituras possíveis deste texto de Mahmoud Azad, nascido no Irão em 1933." ~ José Marques
Nem só o homem chora.
Vi chorar os pássaros
As folhas o vento a chuva também.
Nem só o homem
Chora.
Nem só o homem canta.
Escutei os cânticos da pedra
e os cânticos das plantas
Eu, eu ouvi cantar o vento e as folhas.
Nem só o homem
Canta.
Nem só o homem ama.
O mar e a vela dos navios
O sol e os campos
São amantes.
Nem só o homem
Ama.
(A partir da versão francesa in Iran Poésie et autres rubriques par Chahrâchouh Amirchâhi & Alain Lance François Maspero, Paris, 1980)
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