domingo, 12 de agosto de 2018

Bélgica vai acabar com as quintas de produção de peles

Texto e imagem aqui
No dia 21 de julho, o governo da região belga da Flandres adotou um decreto que proíbe a criação de animais para produção de peles e a alimentação forçada de gansos e patos, conhecida como “gavage”, a técnica usada para produzir foie gras.

As 17 quintas de produção de peles de marta e o único produtor de foie gras localizados na região flamenga terão de fechar as portas até 2023, disse o ministro do Bem-Estar Animal, Ben Weyts.

“A criação de animais para produção de peles foi proibida recentemente na Valónia (2015) e em Bruxelas (2017), mas trataram-se de proibições simbólicas, dado que não existem quintas de produção de peles nas duas regiões. A Flandres ainda possui 17 quintas (...) Todos os anos, mais de 200 mil animais continuam a ser mortos nestas quintas”, declarou o ministro num comunicado. 

A alimentação forçada de animais já tinha sido proibida em Bruxelas no ano passado, mas continua a ser legal na Valónia, que possui o maior número de produtores de foie gras da Bélgica, explica o jornal belga Le Soir

Várias organizações de defesa dos direitos dos animais aplaudiram a decisão do governo. “É o resultado de uma luta de mais de 20 anos”, disse, num comunicado, a organização Gaia. “Com esta proibição, a Bélgica torna-se o 11º Estado-membro da UE a pôr fim à criação de animais para produção de peles.” 

A Gaia salienta ainda que, excetuando a França, Espanha, Bulgária, Hungria e Bélgica, “todos os Estados-membros da União Europeia proibiram formalmente a gavage ou interpretam as suas leis de proteção animal como não permitindo essa prática”. 

Há cada vez mais países a proibir a criação de animais para o aproveitamento das suas peles. A Noruega, outrora o maior produtor de peles de raposa, votou a favor da sua proibição em janeiro. Já na República Checa, as quintas de produção de peles terão de fechar as suas portas até ao dia 31 de janeiro de 2019.


Sem comentários: