A China está a fazer uma forte aposta nas cidades-esponjas para evitar inundações, mas há um limite para a capacidade de absorção de fortes chuvas que, com a crise climática, tendem a ficar mais intensas. Um artigo publicado quarta-feira, na revista científica WIREs Water, argumenta que não basta tornar as zonas urbanas mais porosas e verdes – é preciso também envolver as pessoas.
As cidades-esponja constituem um modelo alternativo de concepção urbanística que recorre a soluções naturais para prevenir, ou mitigar, os efeitos adversos de chuvas intensas. São zonas urbanas com pavimentos permeáveis, edifícios com fachadas e tectos ajardinados e, por fim, muitos espaços verdes, preferencialmente interligados, com capacidade de absorver, armazenar e purificar água em lagos e reservatórios.
“Existem limites para a quantidade de precipitação uma cidade-esponja pode absorver, portanto, é improvável que sejam uma panaceia para os problemas de inundação nas zonas urbanas. Nós argumentamos que medidas que envolvam a comunidade, de baixo para cima, constituem uma parte essencial da intervenção necessária para transformar cidades-esponja em cidades com resiliência à inundação”, lê-se no artigo.
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