O Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (Pnuma) alertou nesta sexta-feira, por ocasião do Dia Internacional da Biodiversidade, sobre a destruição do ecossistema e o impacto das alterações climáticas no Mar Mediterrâneo.
Segundo dois relatórios do PNUMA, a perda de biodiversidade, o impacto crescente da crise climática no ambiente e a pressão que os setores económicos exercem sobre os ecossistemas estão a ponto de causar mudanças “irreversíveis” no Mediterrâneo, que sofre um aquecimento 20% mais rápido do que a média mundial.
Um exemplo do declínio da biodiversidade neste mar é o caso da posidónia oceânica, uma espécie de vegetação marinha endémica que cobre o fundo do mar, que se estima ir perder 70% do seu habitat até 2050, podendo inclusive extinguir-se totalmente antes de 2100.
As artes de pesca destrutivas, as espécies invasoras, a poluição e a crise climática ameaçam ecossistemas essenciais para o desenvolvimento da natureza indígena, num mar em que apenas 0,04% da sua superfície constitui uma zona de exclusão pesqueira.
De acordo com o PNUMA, ambos os relatórios confirmam a urgência de um renascimento verde no Mediterrâneo, abordando as raízes de uma crise com três pilares: poluição, perda de biodiversidade e crise climática.
Para fazer frente a esta tripla crise, a organização lembra que os países do Mediterrâneo assinaram a Convenção de Barcelona para promover o desenvolvimento sustentável e proteger o meio ambiente da região.
Um dos principais programas resultantes desse acordo e voltado para a conservação da diversidade biológica será examinado ainda este ano em Antalya (Turquia), com o intuito de planear ações urgentes para melhorar a saúde do ecossistema.
Fonte: Greensavers
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