A agência, com sede em Nova York e liderada pelo ex-político britânico David Miliband, sinalizou que o número de pessoas em necessidade humanitária disparou na última década, chegando aos 339,2 milhões contra os 81 milhões vistos em 2014.
A mudança climática está entre os principais fatores que aceleram as emergências humanitárias, observou o IRC, apesar do fato de que os 20 países na sua lista de emergência - como Haiti e Afeganistão - contribuem com apenas 2% das emissões globais de CO2.
"2022 mostrou que o papel das alterações climáticas na aceleração da crise humanitária global é inegável", observou o relatório.
Ele apontou para períodos recordes de chuvas, que "trouxe insegurança alimentar catastrófica para a Somália e Etiópia", e matou milhares no Paquistão.
O IRC também sinalizou a necessidade de “investir proativamente na prevenção e mitigação das alterações climáticas”.
Enquanto isso, a insegurança alimentar já é comum devido ao crescente conflito, bem como a crise económica provocada pela invasão russa da Ucrânia e pela pandemia de coronavírus, afirmou.
Além disso, a lacuna entre as necessidades humanitárias e o seu financiamento aumentou para um déficit global de US$ 27 biliões em novembro de 2022.
"Os doadores não estão respondendo proporcionalmente", diz o relatório. “O resultado é que as comunidades afetadas pela crise não conseguem acessar aos serviços de que precisam para sobreviver, se recuperar e reconstruir”.
O estudo - intitulado "Emergency Watchlist 2023" - também destacou que o número de pessoas forçadas a fugir de suas casas aumentou para mais de 100 milhões hoje, ante 60 milhões em 2014, com a Venezuela entre os mais significativos aumentos.
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