“Anarchism has but one infallible, unchangeable motto, "Freedom." Freedom to discover any truth, freedom to develop, to live naturally and fully." — Lucy Parsons
Lucy era a esposa de Albert Parsons, um dos os quatro enforcados em 1887, os mártires de Chicago. Uma viúva afro-americana, ex-escrava, ela não calou a boca. Ela falava que, além de preta, tinha várias origens: índia, mexicana.
Lucy sem dúvida simbolizou, defendeu inquestionavelmente a mulher trabalhadora explorada pelo capitalismo norte-americano. Uma mulher corajosa e visionária: já previra como primeira etapa da emancipação do proletariado, a jornada de 8 horas. Já falava dos casos que vemos hoje em dia: muitos trabalhadores do planeta não ganham uma hora porque estão desempregados; os que recebem apenas algumas horas por dia (com ou sem contrato oficial); e muitos têm que trabalhar, trabalhar, trabalhar 10 horas e mais por dia para continuar a viver mal.
Ela liderou muitas manifestações de desempregados, sem-teto e famintos, incluindo uma memorável Marcha dos Desempregados dos Pobres de 1915 com mais de 15.000 pessoas em Chicago em 17 de janeiro de 1915, onde “Solidariedade para Sempre” foi cantada pela primeira vez. O compositor da IWW, Ralph Chaplin, havia terminado de escrever “Solidarity Forever” dois dias antes. Os manifestantes exigiam alívio da fome e dos altos níveis de desemprego.
A indomável Elizabeth Gurley Flynn escreveu em seu obituário: “Ela não viveu no passado. Ela viveu para o futuro. Ela viverá no futuro, no coração dos trabalhadores.”[ Esquerda Diário]
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