Mimosa pudica |
Segundo a investigação, coordenada por Monica Gagliano, Michael Renton, Stefano Mancuso e Martial Depczynski, a dormideira dobras as folhas quando é tocada, sendo que os cientistas acreditam que esse movimento é um mecanismo de defesa contra os herbívoros. Isto porque os animais que pastam são menos propensos a querem comer folhas murchas.
Para além deste mecanismo, explica o Planeta Sustentável, as plantas demonstraram que estão a aprender, de forma mais rápida, os truques da sobrevivência em ambientes desfavoráveis ou com pouca luz. Por outro lado, elas são capazes de recordar o comportamento adquirido algumas semanas após o teste.
Esta capacidade acontece porque, ao contrário dos animais, as plantas não se podem movimentar. Por isso, precisam de aprender de forma mais rápida a adaptarem-se ao ambiente, um processo que é possível devido a uma sofisticada rede à base de cálcio, que se assemelha ao processo de memória dos animais.
Os investigadores recorreram a teste que consistiam em deixar cair água, repetidamente, nas folhas da dormideira, tanto em ambientes de muita e pouca luz – a dormideira dobra as folhas como resposta às gotas de água. O teste demonstrou que a dormideira deixou de fechar as folhas quando percebeu que as gotas de água que, repetidamente, caiam sobre si, não tinham nenhuma consequência nefasta. Assim, a planta pôde aprender e adquirir um novo comportamento em segundos. A aprendizagem foi mais rápida em ambientes menos favoráveis – tal como nos animais. Paralelamente, as plantas puderam relembrar-se do que tinham aprendido durante várias semanas, até quando as condições do seu ambiente mudaram.
Daniel Chamovitz, director do Manna Center for Plant Biosciences da Universidade de Tel Aviv, vai mais longe no estudo das plantas, afirmando que estas podem sentir, ver, cheirar e recordar. Um mundo realmente surpreendente.
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