Enquanto os atletas europeus deram o seu melhor nos Olímpicos de verão, as empresas carboníferas e os governos têm estado a jogar jogos muito pouco saudáveis. A República Checa é a campeã incontestável no salto em altura, com limites de permissão excepcionalmente elevados e até 85% da potência checa a beneficiar de derrogações. A Bulgária é vice-campeã, com 82% da sua potência produzida ao abrigo de derrogações, enquanto Malta segue com 75%. As autoridades públicas búlgaras também brilham pela concessão das licenças menos ambiciosas na Europa. Uma menção especial vai para a Eslovénia graças à central de lignite Sostanj 6. Esta central é a única na ser equipada com uma técnica de redução da poluição por NOx de última geração, que permitiria pelo menos reduzir para metade as emissões de NOx. No entanto, o operador TEŠ não está a utilizar a técnica para poupar dinheiro, transferindo assim o custo para os cidadãos, ao mesmo tempo que permite às autoridades fazer vista grossa. A Alemanha qualifica-se como o pior país da UE para a comunicação de informações sobre emissões industriais perigosas. As autoridades alemãs não fornecem dados relativos aos últimos três anos, violando a Directiva sobre Emissões Industriais. A base de dados fornecidos pela Alemanha ao Portal de Emissões Industriais do EEE contêm vários links quebrados que não levam a lado nenhum. As autoridades alemãs também aplicam procedimentos morosos e taxas injustificadas para fornecerem informações básicas. Nas regiões de Hessen e Sachsen, essas taxas são tão elevadas que constituem uma barreira disfarçada à transparência de dados. A Polónia é o segundo classificado, sem um portal nacional para aumentar a transparência e o cumprimento de normas, e com uma proliferação de autoridades responsáveis que torna difícil o rastreio eficaz da informação sobre poluição industrial. A Áustria, a Hungria e os Países Baixos partilham o terceiro lugar no pódio do slalom de transparência: os portais de notificação centralizados austríacos e húngaros não fornecem informações, enquanto as autoridades holandesas se recusam a partilhar dados sobre poluição industrial, classificando-os como confidenciais.
Fonte: EEB
Sem comentários:
Enviar um comentário