Nas reuniões das Nações Unidas não se discutem só sanções económicas e notas de repúdio a decisões políticas. Outros assuntos dominam a agenda deste órgão multi-nacional que tem entre muitas outras funções a de designar os Dias Mundiais.
Estas efemérides são criadas em jeito de chamada de atenção para que o resto do mundo tome consciência sobre determinada assunto e, desta vez, são as abelhas a merecer a nossa dedicação.
20 de Maio foi o dia escolhido para se tornar o Dia Mundial da Abelha numa resolução praticamente unânime, apoiada por 155 dos 193 estados membros da ONU. A ideia é, cá está, evidenciar a importância destes pequenos insectos.
As abelhas são animais polinizadores por excelência e, por isso, elos vitais na cadeia alimentar. Para percebermos a sua importância na nossa sociedade, basta dizer que se estima que o seu “trabalho” anual esteja estimado entre 235 e 557 mil milhões de dólares de acordo com os dados da Intergovernmental Science-Policy Platform on Biodiversity and Ecosystem Services.
Todos os membros da União Europeia se juntaram em apoio ao documento numa resposta clara ao contexto europeu – a percentagem de insectos polinizadores desceu 25% nos últimos trinta anos.
Embora não se saiba com certeza o que terá causado essa queda brutal e potencialmente destrutiva do ecossistema, os cientistas acreditam que se deva especialmente ao tipo de pesticidas como o neonicotinoide.
Nesse sentido, e numa atitude pioneira e politicamente inspiradora, na Eslovénia, é já desde 2011 banido o uso deste tipo de pesticida – uma decisão que a UE pretende alargar a todos os países do espaço europeu. O pequeno país balcânico foi um dos principais promotores desta iniciativa junto da ONU.
Dejan Židan, deputado e ex-ministro esloveno já reagiu ao anúncio dizendo sucintamente que “As abelhas e outros polinizadores têm finalmente o espaço que merecem em consideração pela sua importância para o mundo e a humanidade.”
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