O livro “Genocídio indígena e políticas integracionistas: demarcando a escrita no campo da memória” aparece em um momento crucial da luta dos povos indígenas no Brasil. Momento em que se veem, mais uma vez, ameaçados em sua sobrevivência diante de tantos ataques aos seus direitos duramente conquistados. Os povos indígenas lutam hoje pelo direito de existir em várias frentes: no enfrentamento direto contra os invasores de suas terras, pela via judicial, pela mobilização nacional e internacional e, no caso desse livro, lutam, demarcando a escrita, contra o apagamento de sua memória e história. O debate sobre o genocídio indígena no Brasil se enriquece com as contribuições dos autores, pesquisadores indígenas que, desde suas próprias perspectivas, vão dar ao leitor, a oportunidade de compreender melhor as várias formas de violência que os povos indígenas sofreram e continuam sofrendo até os dias de hoje. Considerando as muitas tentativas de extermínio dos povos indígenas, as autoras e autores indígenas examinam as políticas integracionistas, os processos de evangelização, a propagação de doenças, os massacres, a apropriação dos territórios e a destruição do meio ambiente sob a lente do genocídio.
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