Autoridades alemãs estão investigando 230 escritórios e residências sob suspeita de ligação com a fraude carrossel sobre a taxa de valor agregado (VAT, em inglês) ao redor da Europa.
A promotoria de Frankfurt disse que as perdas em impostos podem ter chegado a € 180 milhões. São 150 os suspeitos em 50 empresas, sendo que as batidas policiais já resultaram até em congelamento de bens em várias.
Até mesmo grandes instituições, como o Deutsche Bank, estão sendo investigadas, apesar do banco ter alegado não ser o alvo das investigações, segundo a Bloomberg.
Em entrevista ao Business Green o chefe executivo da Associação Internacional para o Comércio de Emissões (IETA, em inglês) Henry Derwent disse que a menos que a União Européia consiga acabar com este tipo de fraude será cada vez mais difícil convencer outros países a adoptar esquemas de comércio de emissões.
“É difícil explicar que esta fraude tem a ver com a falta de regras harmonizadas sobre a VAT e não algo que é intrinsecamente ligado ao comércio de carbono”, disse Derwent.
Acções similares para a investigação da fraude já aconteceram em outros países da Europa, como na Espanha, Noruega, França e Reino Unido. A própria Comissão Europeia aprovou regras modificadas revertendo para os clientes a responsabilidade de pagar a VAT.
A fraude carrossel ocorre quando os créditos de carbono são comprados num determinado país europeu e importados para outro sem o pagamento da taxa de valor agregado (VAT, sigla em inglês). Ao vender os créditos para terceiros, os fraudulentos cobram a taxa e desaparecem sem repassar para os governos.
Segundo a Europol, as fraudes podem ter resultado em prejuízos da ordem de € 5 mil milhões.
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