Tradicionalmente, os especialistas pensavam que um grande parque sustentaria mais biodiversidade do que vários parques mais pequenos com a mesma dimensão. No entanto, uma nova investigação nos EUA põe em causa essa ideia no que respeita aos parques urbanos e às aves.
Os investigadores analisaram a diversidade sazonal das aves em 475 parques de 21 cidades dos EUA, tendo concluído que os grupos de pequenos parques apresentavam sistematicamente uma maior riqueza de espécies e eram habitados por aves mais raras do que os grandes parques de área equivalente.
“Os planeadores urbanos baseiam-se frequentemente no princípio de que um único grande parque deve conter mais espécies do que vários pequenos parques com a mesma área total. Testámos a qualidade deste princípio para as aves em 475 parques de 21 cidades americanas”, explicam os investigadores.
Segundo a mesma fonte, as coleções de pequenos parques “constituíram uma fonte fiável de riqueza de espécies, devido a uma maior rotação de espécies e a uma maior prevalência de espécies raras”. As coleções de parques pequenos e grandes apresentam uma “maior diversidade filogenética e funcional”. “Os nossos resultados sublinham a necessidade de estratégias de definição de prioridades específicas para cada cidade, em que múltiplas medidas de diversidade de aves sejam examinadas em todos os parques e estações do ano”.
Os autores afirmam que ambas as dimensões desempenham um papel importante e sugerem que os responsáveis pelo planeamento urbano considerem as implicações da dimensão dos parques nos objetivos regionais de conservação.
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