Amesterdão, 2020. Hora de ponta. |
Susana Peralta balizou o seu conceito (ataque às 13 semanas de férias escolares e e informou que temos entre 50% a 100% menos dias de férias ao longo do ano lectivo) num mundo da escola privada. Desculpe, mas a escola REAL portuguesa não é essa.
Além disso há todo um paradigma sócio-ecológico já questionado por vários peritos em diversas áreas (medicina, pediatria, arquitectos paisagistas, urbanistas, etc.) que dizem é urgente mudar Portugal, mas é o colectivo que tem que mudar.
O ataque ao calendário escolar não vai alterar uma cultura. Temos de pensar muito bem como é que se gere o conceito de tempo, o tempo de vida, quer ao nível da família, amizades inter-pares, amizades intergeracionais, os espaços envolventes e sobretudo aliviar a nossa Escola - onde as crianças/jovens portugueses já passam muitas horas.
Tem repercussões enormes não ir a pé para a escola, sair de bicicleta, andar na rua, fazer tarefas que permitam descobrir e viver o território de forma plena. As crianças/jovens ao serem transportadas de automóvel para a escola, serem conduzidas, é manipulá-las na sua liberdade de ação.
Educar é dar autonomia, distanciamento, dar a capacidade da criança /jovem resolver por si próprio os seus objetivos, de não ficarem aprisionados e serem conduzidos, manipulados, no seu quotidiano.Foto: Amesterdão, 2020. Hora de ponta.
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