Houve 5 Judeus que mudaram a forma de ver o Mundo:
- Moisés, quando disse: "a Lei é Tudo";
- Jesus, quando disse: "o Amor é Tudo";
- Marx, quando disse: "o Capital é Tudo";
- Freud, quando disse: "O Sexo é Tudo".
Depois, veio Einstein e colocou Tudo em causa, quando disse:
"Tudo é relativo".
Scholar explores how a handful of Jews changed the course of history
So what makes you Jews so damn smart? That is a question asked through the centuries by people who admire the Jews as well as by anti-Semites. British historian Norman Lebrecht, an admired author of several award-winning non-fiction books, takes on that perplexing question in his superbly crafted and meticulously researched tome, “Genius & Anxiety: How Jews Changed the World, 1847-1947.”
Lebrecht confronts the daunting challenge of trying to pinpoint a source or common denominator that gives genius-level Jews the ability to see things ordinary people miss, with his credentials as a serious historian on full display. His book is not a simplistic “bragging rights” compilation of Jewish achievement. He emphatically rejects a “genetic” explanation for Jewish genius.
He delves deep into the rigorous study of the Talmud for clues as to why such a tiny fraction of humanity has accomplished so much despite virulent anti-Semitism.
Rather than attempting to survey the entire 4,000 years of Jewish history as other authors have done, Lebrecht book-ends his time frame between 1847, when Karl Marx published “The Communist Manifesto” and 1947, when the United Nations approved the Partition Plan, which made possible the establishment of the State of Israel after 2,000 years of persecution culminating in the Holocaust. Ironically, Marx, who descends from a long line of rabbis, was a strident hater of Jews.
Lebrecht points out the inherent irony in trying to define the impact of Jews on history — and history’s impact on the Jews, and strives to “address the story from both aspects.” Overall, Lebrecht succeeds admirably with serious scholarship infused with good-natured humor.
He writes, “Folk wisdom has it that five Jews wrote the rules of society:
Moses said, ‘The Law is Everything.’
Jesus said, ‘Love is Everything ‘
Marx said, ‘Money is Everything.’
Freud said, ‘Sex is Everything.’
Einstein said, “Everything is relative.’ ”
Ha-ha, says Lebrecht. “But more than half true. And Jews have a half truism for many things.”
He adds: “The Jewish mindset behind the wave of genius has not been successfully explored. How much do Jewish elements in their background inform Mahler, Modigliani, Marcel Proust? How does Freud know sex is the source of most unhappiness? What makes Marx hate the Jews?”
The above and other questions are explored in depth, with superb scholarship and engaging style by Lebrecht. With just a few words Marx encapsulated his Communist theories: “Workers of the world unite. You have nothing to lose but your chains.” Einstein wrote the formula E equals MC squared and upended the world of physics.
Proust recalled the aroma of his beloved Madeleine teacakes and transformed world literature. Einstein wrote to Freud to ask if mankind was by nature violent and warlike.
David Ben-Gurion, the genius of the Zionists who helped create Israel, tried to persuade Einstein to become President of Israel, which he politely declined, not wanting to become an “ornament.”
Einstein and Freud possessed the wisdom to know that no matter how many Nobel Prizes were won by Jews, anti-Semitism would not just whither away.
In his impressive and significant book, Lebrecht proves how the anxiety over being Jewish in such a hate-filled world contributed to the positive changes Jewish geniuses have made and continue to make.
“Genius and Anxiety” should grace the shelves of both scholars and general readers who enjoy history told with verve, accuracy and wit.
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Book review in New York Times
O livro que Hitler mandaria para a fogueira
O título do livro, Génio e Ansiedade, só se compreende com a leitura do subtítulo: Como os judeus mudaram o mundo - 1847-1947. É disso que se trata, desses homens e mulheres que se impuseram nesse século entre séculos devido à importância do seu trabalho. O autor, Norman Lebrecht, justifica esta odisseia intelectual com a seguinte afirmação: "Eles não esperavam ser aceites. Pelo contrário, sabendo que as suas ideias iriam ser rejeitadas, sentiam-se livres para pensar o impensável."
Daí que em mais de 500 páginas arrole muitas das figuras que conhecemos e em que, na maior parte, se esquece a questão da "proveniência" religiosa: Freud, Einstein, Kafka, Sarah Bernhardt, Proust, Marx, entre mais umas dezenas de famosos que Lebrecht encaixa numa espécie de gueto para justificar o mote do volume. Olhando com distanciamento, podia ver-se o volume como propaganda, no entanto o génio do autor, aliado à ansiedade em se libertar de tal rótulo, resulta numa obra não questionável a esse respeito. Nada que obstasse Hitler a enviá-lo para a fogueira nazi noutros tempos.
O livro que Hitler mandaria para a fogueira
Não se pode deixar de começar por lhe perguntar na entrevista a propósito da tradução em Portugal se só um judeu poderia escrever este livro. "Provavelmente" é o que responde de imediato. Acrescenta: "Contudo, só quem pensou nisto durante metade da vida é que o faria, afinal não é uma proposta fácil e terá sempre de vir do interior do autor. Além disso, é necessário ter um conhecimento do que se poderia chamar de uma "cultura coletiva inconsciente" e do passado dos judeus de forma a perceber certas implicações." Dá um exemplo: "Admiro Freud desde sempre, mas não desconfiava que os princípios da psicanálise teriam algo em comum com explicações que estão no texto da Bíblia. Quando os ponho lado a lado, confirmo isso. Freud recusaria esse legado da cultura judia e diria que não era verdade, mas creio que desconhecia certos princípios que existem na Bíblia em que sustento a minha opinião e tê-lo-á feito de forma inconsciente."
Génio e Ansiedade não é o tipo de livros que Norman Lebrecht tenha escrito ao longo da vida e que lhe deram sucesso mundial, pois a dúzia de edições já publicadas são mais na área da música clássica e só três dos mais recentes são romances. Esta viragem foi uma decisão tardia mas consciente, diz: "Quando entrei nos 60 prometi que só iria escrever livros que estivessem na minha cabeça há muito tempo. Foi o caso de Porquê Mahler?, em que descrevo as razões por que é considerado importante nos nossos dias enquanto no seu tempo de vida foi menos valorizado. Foi assim que cheguei a esta investigação, ao reparar que desde metade do século XIX e o mesmo período do XX existiam dezenas de indivíduos que mudaram a forma como se via o mundo e que permitiram viver como se o faz atualmente. Ao fazer as contas vi que metade eram judeus e perguntei: como é possível se são uma percentagem ínfima da população mundial? O que une Marx, Sarah Bernhardt e Einstein neste século?"
Encontrar as personalidades da lista final que preenchem os capítulos obrigaram Lebrecht a fugir aos suspeitos do costume, como os que acaba de referir: "O grande problema foi excluir nomes e encontrar um equilíbrio entre os mais famosos e os completamente esquecidos, apesar de o seu trabalho ter os efeitos que destaco. É o caso de quem possibilitou as transfusões de sangue ao descobrir que existiam diferentes tipos de sangue e que é completamente ignorado até por especialistas: Karl Landsteiner. É certo que se converteu ao cristianismo, mas decerto que no seu inconsciente existiam várias narrativas inscritas no Talmude que referem que o sangue não é igual em todas os seres humanos."
Para Norman Lebrecht era preciso interromper o livro num ano e escolheu o de 1947. Primeira razão: "Tinha de parar em algum ano!" Segunda razão: "1948 foi o ano em que tem início o Estado de Israel e é tanto o fim de uma história como o princípio de outra. Os judeus deixaram de estar como nos anteriores dois mil anos e começaram um novo capítulo." Admite: "Poderia ter continuado pois houve vários contributos de judeus para a civilização até aos dias de hoje, contudo a concentração, que é o propósito do livro, seria difícil de encontrar."
"Para alguém que nasceu após a Segunda Guerra Mundial, posso dizer que nunca vi durante a maior parte da minha vida tanto antissemitismo como nos últimos sete anos."
A data de início, 1847, foi devido à publicação do Manifesto Comunista por Karl Marx: "Foi fácil, mesmo que a maioria dos historiadores optasse pelo ano seguinte, de várias revoluções." Questiona-se a escolha de Marx porque, refere no livro, "via-se a si próprio como um falhanço". Teriam na sua época noção do trabalho feito? Concorda, ressalvando a herança judia: "Alguns deles sim, mesmo que Marx negasse em público qualquer ligação ao judaísmo, até atacava os judeus como sendo a fonte do capitalismo, mas sabe-se que em cartas às filhas pedia-lhes para quando se dirigiam aos trabalhadores, como muitos eram judeus, dizerem-lhes que eram comunistas e judias."
Uma afirmação inicial no livro descreve muitas destas figuras com a faculdade de "pensarem rápido". O que significa? "Eles trabalhavam sob uma grande ansiedade por serem judeus e não terem segurança no emprego, poderem ser expulsos e até mesmo mortos. O génio neste tempo é temperado por ameaças e sabiam que estavam vivos devido à graça de Deus", explica.
Para defender a tese do livro, Lebrecht recupera ataques a judeus, como o de Wagner a Mendelssohn: "Sim, Wagner foi o primeiro indivíduo que quis a legitimação cultural antissemita. É um grande compositor, mas detestava judeus e queria que fossem removidos da civilização europeia, o que era um passo para chegar ao que Hitler fez. Não creio que eu o faça como ataque, é apenas a descrição de como era e do que Mendelssohn sofreu."
Génio e Ansiedade não escapa ao regresso de um antissemitismo muito forte nos dias que correm e Lebrecht prefere dar um testemunho pessoal: "Para alguém que nasceu após a Segunda Guerra Mundial, posso dizer que nunca vi durante a maior parte da minha vida tanto antissemitismo como nos últimos sete anos. É uma situação que parece impossível após o Holocausto a de alguém manter este tipo de comportamento, mas regressou. Essa foi uma sombra sobre mim enquanto escrevia e fez-me lembrar o que teriam sentido Mendelssohn e Mahler, por exemplo, criando em mim uma grande afinidade para com eles. Felizmente, em Portugal isso não se vê, também por os judeus serem minoria."
O livro que Hitler mandaria para a fogueira
Ao referir essa sombra, questiona-se Lebrecht porque quase passa ao lado do Holocausto no livro? "Tenho um capítulo que trata do Holocausto, no entanto este é um assunto demasiado grande para um livro deste género - já o tratei num romance - e distorceria a temática. Olho apenas para a questão teológica de onde estava Deus em Auschwitz e de como cada judeu interpretou a sua existência ou não existência durante esse tempo terrível", explica.
Para Norman Lebrecht, essa foi uma situação que moldou os milhões de judeus que sobreviveram: "Mais do que moldar, fez desaparecer muitos valores. Um dia em conversa com um amigo do mundo da música, ele disse-me que faltavam novos violinistas nas orquestras porque duas gerações tinha desaparecido em Auschwitz e quase eliminado a grande tradição de violinistas entre os judeus. Tal como se matou ainda em criança futuros médicos, cientistas, pensadores."
Será que a versão final do livro foi a que Lebrecht imaginava? "Não, fui conduzido para direções inesperadas e em Einstein, por exemplo, foi difícil encontrar o foco." Se tivesse de eleger uma destas personalidades qual seria? "Teria muito para conversar com Mahler e queria conhecer melhor Modigliani. Ou Max Brod, de quem vivi perto e não conversei sobre Kafka - de que me arrependo muito."
Leitura curiosa
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