A pesquisa estudou 403 espécies de árvores de todo o mundo e concluiu que estas nunca sofrem de problemas de velhice. Nos animais, a mudança e envelhecimento das células acabam por determinar a sua morte. Mas as árvores não têm problemas idênticos, sendo que apenas as doenças, os insectos, o Homem, fogo ou acidentes – como relâmpagos – as podem matar. “Elas nunca param de crescer. A cada ano que passam, pesam sempre mais que no ano anterior”, explicou Stephenson.
Até agora, acreditava-se que as árvores paravam de crescer à medida que ficavam mais velhas. Um estudo de 2010 foi o primeiro a contrariar esta teoria, quando concluiu que as gigantes árvores da Califórnia continuam a crescer para o céu a cada ano que passava – e a um ritmo sempre maior.
Foi este exemplo que levou Stephenson a tentar saber mais sobre o crescimento das árvores – e se este estava ou não ligado à sua velhice.
O estudo avaliou mais de 670 mil árvores tropicais e de climas temperados – cerca de 90% destas crescem a ritmos cada vez maiores. As árvores mais velhas podem crescer até 600 quilos por ano.
Os pesquisadores descobriram que a absorção de carbono das árvores aumenta continuamente com o seu tamanho, porque a área total da folha aumenta à medida que ela cresce. Isso permite que as árvores mais antigas e de maiores dimensões absorvam mais carbono da atmosfera.
Os autores do estudo advertem, no entanto, que as florestas têm dinâmicas complexas: árvores de grande porte estão sujeitas a taxas de mortalidade mais elevadas do que as árvores mais novas; e o número de árvores numa determinada área pode ser maior em uma floresta jovem. Ainda assim, fica evidente que as grandes árvores antigas são muito importantes, não só para a biodiversidade, mas também para a absorção e o armazenamento de carbono.
Sem comentários:
Enviar um comentário