Arquitectura brutalista
Projetado em 1974, pelo arquiteto John Carl Warneke, o Long Lines Building (Prédio de longas linhas, em tradução livre) fica bem no centro de Manhattan. A sua construção, contudo, não é nada usual e parece um pouco deslocada no mar de edifícios da região. Construído a partir de lajes de betão e painéis de granito, tem uma aparência cinza e funcional.
Fachadas sem aberturas não só impedem a entrada de elementos externos no edifício, mas também ajudam a manter uma temperatura constante, segundo o NYV Urbanism.
No total, o prédio conta com 170 metros de altura, divididos por 29 andares - sendo que o famoso Empire State Building mede 381 m. Só que, no caso do Long Lines, além da visível falta de janelas, cada um dos andares também conta com um pé direito altíssimo.
Ainda mais impressionante, de acordo com o site Atlas Obscura, a construção foi projetada para suportar uma quantidade absurda de peso por metro quadrado. Tudo isso com o objetivo de servir como uma grande central de telecomunicações.
Comunicação é a chave
Acontece que, desde sua criação, até hoje, o prédio na 33 Thomas Street pertence à AT&T, uma gigante da comunicação nos Estados Unidos. Quase tão resistente quanto uma fortaleza, então, o prédio servia como base para os computadores da empresa.
Os equipamentos antigos, contudo, não eram tão fáceis de transportar e de manter como os dos dias atuais. Por isso, os andares deveriam ser mais altos, devido ao tamanho das caixas de metal, e o prédio deveria ser mais resistente, pensando no peso.
Naquela época, a sede da AT&T também guardava equipamentos telefônicos de longa distância. Atualmente, além dos aparelhos, o prédio ainda serve como central de armazenamento de uma parte de dados importantes detidos pela empresa.
Planta suspeita
Projetado para guardar uma grande quantidade de informações bastante valiosas, o edifício tem uma segurança quase impenetrável. Isso sem contar as paredes resistentes, que podem resistir a uma explosão nuclear, permitindo que os sistemas continuem em pleno funcionamento por duas semanas, mesmo sem contato com uma rede fixa.
O problema é que, segundo o The Intercept, as potentes estruturas do Long Lines estão sendo usadas para um segundo propósito, que não o comercial da AT&T. Em matéria publicada em novembro de 2016, o veículo afirmou que o edifício também serve como um centro de espionagem da NSA (Agência de Segurança Nacional).
De acordo com a denúncia, o arranha-céu teria o codinome de ‘Titanpointe’ e, entre as suas paredes sem janelas, guardaria escutas telefónicas e equipamentos utilizados para coletar dados governamentais. Por isso, inclusive, poucos teriam acesso ao seu interior.
O edifício também conta, segundo a reportagem, com três subsolos, abastecidos com comida o suficiente para que 1,5 mil pessoas se alimentem por duas semanas em caso de catástrofe.
Segundo o The Sun é uma das construções mais seguras dos Estados Unidos, capaz, inclusive de resistir a uma explosão nuclear!
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